Tuberculose: os futuros profissionais de saúde são preparados para o atendimento adequado do paciente?
DOI:
https://doi.org/10.17267/2594-7907ijhe.v2i1.2045Palavras-chave:
Tuberculose. Conhecimento. Estudantes.Resumo
Introdução: Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), um terço da população mundial está infectada pelo Mycobacterium tuberculosis(1). A literatura mostra que a equipe multiprofissional responsável pelo manejo da tuberculose não está apta a lidar frente à reemergência da doença, além de atuarem de forma não integral e humanizada. Objetivo: Verificar se os universitários que serão inseridos na atenção primária estão aptos a identificar e manejar pacientes com tuberculose. Métodos e materiais: Foram aplicados questionários semiestruturados em alunos dos últimos períodos dos cursos da área da saúde. Os dados foram analisados através de estatística descritiva. Resultados: A maioria dos entrevistados disseram já ter tido contato com o tema tuberculose durante a graduação. Em relação às manifestações, 65 (38,24%) consideraram como principais sintomas da tuberculose pulmonar tosse, emagrecimento, febre, perda de apetite, sudorese noturna e fraqueza. Em contrapartida, 97 (57,06%) consideraram a presença do escarro hemoptoico como manifestação principal. A minoria dos entrevistados soube definir corretamente um sintomático respiratório. Conclusão: Através da análise dos resultados é possível notar que a universidade é a principal fonte de conhecimento dos universitários sobre tuberculose. Identificou-se lacunas a serem preenchidas, como em relação às manifestações da doença, à dificuldade em identificar um sintomático respiratório, o desconhecimento da mudança do calendário vacinal e da obrigatoriedade da realização do teste rápido de HIV. Além disso percebe-se que há dificuldade no manejo adequado dos pacientes. Diante dos resultados é evidenciada a necessidade de aprimoramento do ensino em relação à tuberculose.