Análise epidemiológica das fissuras labiais e/ou palatinas no município de Feira de Santana: estudo de corte transversal
DOI:
https://doi.org/10.17267/2596-3368dentistry.v10i1.2244Palavras-chave:
Fenda labial. Fissura palatina. Perfil epidemiológico.Resumo
INTRODUÇÃO: As fissuras labiais e/ou palatinas representam 65% das anomalias craniofaciais e constituem um problema de saúde pública, devido às diversas implicações que geram ao portador. OBJETIVOS: Descrever o perfil epidemiológico dos portadores de fissura labial e/ou palatina, naturais de Feira de Santana, atendidos no Centro de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais do Hospital Santo Antônio (Salvador-BA), no período de 2008 a 2013. MATERIAL E MÉTODO: Caracteriza-se como estudo epidemiológico observacional, descritivo e retrospectivo, realizado através das informações dos prontuários do referido centro. Dezoito prontuários compuseram a amostra final deste estudo. Os dados foram submetidos à análise descritiva no programa SPSS, versão 17.0. RESULTADOS: As fissuras labiais e/ou palatinas foram encontradas, principalmente, em indivíduos do sexo feminino (66.7%); 50% chegou ao centro com menos de 1 ano; 90,3% de procedência urbana e 61,5% possuía renda familiar mensal de 1-3 salários mínimos. Prevaleceram as fissuras transforame incisivo unilateral (27,7%). Nenhum dos indivíduos havia sido submetido à cirurgia antes de ingressar ao serviço; 88% realizou tratamento cirúrgico no referido centro, sendo as queiloplastias (40%) e as palatoplastias (36%) as cirurgias mais realizadas. A maioria (71,4%) das mães dos portadores apresentaram idade entre 26-34 anos no momento da concepção; 53,8% possuía nível médio de escolaridade e 44,4% utilizou medicamentos durante a gestação. Um caso de consanguinidade foi relatado. CONCLUSÃO: Os resultados encontrados apontam a necessidade de desenvolver programas de prevenção e tratamento multiprofissional direcionado aos indivíduos com fissura labial e/ou palatina, naturais da cidade de Feira de Santana e microrregiões.