FRATURA DE CÔNDILO MANDIBULAR: TRATAMENTO CIRÚRGICO OU CONSERVADOR?
DOI:
https://doi.org/10.17267/2596-3368dentistry.v5i1.242Palavras-chave:
Côndilo mandibular, Fratura de côndilo, Epidemiologia, CriançaResumo
O tipo do trauma, a gravidade da lesão e a etiologia das fraturas faciais variam de acordo com a população estudada. Porém, com o aumento das leis rigorosas de trânsito, houve uma diminuição das fraturas faciais decorrentes de acidentes automobilísticos; apesar disto, o mesmo ainda aparece como a principal causa e o sexo masculino com a maior prevalência das fraturas faciais. Dessas fraturas, as de côndilo mandibular correspondem de 25 a 35% das fraturas mandibulares diagnosticadas através das radiografias de projeção de Towne, panorâmica e tomografia computadorizada. As mesmas possuem como principais fatores etiológicos trauma por agressão direta, acidentes automobilísticos, queda de bicicleta, queda da própria altura e lesão por arma de fogo. Apesar de menos frequentes as fraturas de côndilo em pacientes pediátricos são um grande desafio à equipe multidisciplinar que o atende após o trauma. Os exames em pacientes pediátricos pós-trauma devem ser bastante rigorosos, pela dificuldade de obter detalhes sobre a história do trauma devido à idade e articulação dos fatos pelos pacientes atingidos. A etiologia das fraturas de côndilo em pacientes pediátricos varia de acordo com a fase de vida da criança (do 0 ao 6º ano de vida e a partir do 6º ano de vida). O tratamento dessas fraturas, principalmente em pediátricos, quando mal conduzidos podem causar sequelas. A escolha do tratamento, entre o cirúrgico ou o conservador, deve ser feita após a análise da idade e gênero do paciente, etiologia e condições clínicas da fratura, tempo decorrido do trauma, oclusão e condição dentária. Em pacientes pediátricos, na maioria dos casos, o tratamento de primeira escolha é o conservador devido a capacidade de remodelação óssea e crescimento ósseo mandibular que ocorre principalmente em nível do côndilo. Porém, na literatura não existe uma consenso sobre este tipo de tratamento ou a aplicação de terapêuticas mais agressivas. Intenciona-se discutir a literatira mais atual e pertinente sobre as fraturas de côndilo mandibular em pacientes pediátricos.