Osteonecrose dos maxilares associada ao uso de bifosfonatos
DOI:
https://doi.org/10.17267/2596-3368dentistry.v11i1.2601Palavras-chave:
Osteonecrose. Difosfonatos. Mandíbula.Resumo
O pirofosfato endógeno é uma substância responsável por inibir a reabsorção óssea no organismo, mas não pode ser utilizado como agente terapêutico no tratamento de doenças, já que sofre rapidamente hidrólise enzimática. Os bifosfonatos, análogos sintéticos dessa substância, apresentam-se como potentes inibidores da atividade osteoclástica, sendo escolhidos como primeira opção de tratamento para diversas doenças que se relacionam com a perda de massa óssea como osteoporose, Doença de Paget, Metástases Esqueléticas e Mieloma Múltiplo. O primeiro caso de Osteonecrose dos maxilares associada aos Bisfosfonatos (OAB) foi apresentado em 2003, e desde então diversos estudos foram realizados com o objetivo de entender o mecanismo que leva esses compostos a induzirem uma necrose dos ossos maxilares. Recentemente, novos casos de OAB associados à outra classe de antirreabsortivos, como Desonumabe, vêm chamando atenção. O objetivo desse trabalho é discutir, por meio de uma revisão da literatura, os conhecimentos acerca do mecanismo de ação desses fármacos e sua relação no atendimento dos pacientes odontológicos, buscando novas atualizações que possam auxiliar no melhor entendimento da etiopatogenia da OAB. Para realização desse estudo foi feito um levantamento bibliográfico a respeito da ocorrência de OAB, usando como bases de busca Pubmed, Scielo, Google Acadêmico e Medline de 2001 até 2018. Através desse estudo, pode-se concluir que embora diversas descobertas tenham sido feitas desde o aparecimento da patologia até o momento presente, muitas pesquisas ainda precisam ser realizadas para que se consiga chegar a um protocolo de tratamento adequado.