Psicodiagnóstico interventivo e o Teste de Apercepção Témática Infantil com Figuras Humanas: contribuições à clínica da adolescência

Autores

DOI:

https://doi.org/10.17267/2317-3394rpds.2022.4120

Palavras-chave:

Psicologia aplicada, Técnicas projetivas, Psicologia do adolescente, Comportamento autodestrutivo

Resumo

INTRODUÇÃO: O psicodiagnóstico interventivo, baseado nas Consultas Terapêuticas propostas por Winnicott, envolve, desde a primeira sessão, intervenções clínicas. Devido ao seu emprego em diferentes contextos e populações, instrumentos projetivos como o Teste de Apercepção Infantil com Figuras Humanas são utilizados para explorar e compreender o mundo vivencial, e aspectos relevantes da personalidade do público infanto-juvenil, subsidiando a atuação clínica com adolescentes. OBJETIVO: Apresentar a análise do psicodiagnóstico interventivo com o auxílio do teste por meio da ilustração clínica de um adolescente com comportamento de autolesão não suicida. MÉTODO: Trata-se de um estudo teórico-clínico, com delineamento de estudo de caso. Os dados foram analisados a partir da livre inspeção do material e à luz da abordagem psicanalítica winnicottiana. RESULTADOS: Evidenciou-se o principal conflito interno vivenciado pelo participante: submissão versus desejo de fazer o que é próprio para a idade, assim como autoimagem vulnerável e emprego de mecanismos primitivos de defesa diante do intenso sentimento de desamparo. CONCLUSÃO: O material clínico descrito apresenta a utilização do teste além de sua possibilidade diagnóstica, como mediador terapêutico, colaborando para aprofundar a queixa e oferecendo uma experiência de acolhimento e reflexão ao paciente, à semelhança da proposta do jogo de rabiscos de Winnicott, ou seja, estabelecendo contato com o campo emocional.

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Publicado

10.05.2022

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Psicodiagnóstico interventivo e o Teste de Apercepção Témática Infantil com Figuras Humanas: contribuições à clínica da adolescência . (2022). Revista Psicologia, Diversidade E Saúde, 11, e4120. https://doi.org/10.17267/2317-3394rpds.2022.4120

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