PAPÉIS OCUPACIONAIS DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIAS FÍSICAS: DIFERENÇAS DE GÊNERO E CICLOS DE DESENVOLVIMENTO

Autores

  • Daniel Marinho Cezar da Cruz Universidade Federal de São Carlos - UFSCar
  • Maria Luísa Guillaumon Emmel Universidade Federal de São Carlos - UFSCar

Palavras-chave:

Terapia ocupacional, Atividades cotidianas, Pessoas com deficiência, Papel (figurativo)

Resumo

A participação em ocupações tem sido tema de diversas pesquisas no mundo, porém, os papéis ocupacionais de pessoas com deficiência física têm sido pouco investigados no Brasil. Objetivou-se comparar se existe variação no número de papéis ocupacionais nos três tempos (passado/presente/futuro), de acordo com o sexo, idade e em dois grupos (adultos e idosos). A partir de uma pesquisa transversal, com amostra de conveniência, foram selecionados 91 sujeitos, com idades variando de 18 a 93 anos, cadastrados em Unidades de Saúde da Família, com algum tipo de deficiência física. Subdividiu-se a amostra em adultos (n=34) e idosos (n=57) a fim de comparação dos resultados entre os grupos. O instrumento da coleta de dados foi a Lista de Identificação de Papéis Ocupacionais. Para a análise dos dados utilizou-se a abordagem quantitativa, com análise descritiva, ANOVA com Medidas Repetidas e a Análise de Correspondência. Identificou-se  que, para ambos os grupos de adultos (n=34) e idosos (n=57) houve perdas de papéis do passado para o presente, porém com perspectivas de aumento para o futuro, porém, para os dois grupos, esse aumento não foi maior do que o número de papéis desempenhados no passado. Na amostra como um todo (n=91) foram encontradas diferenças de gênero quanto ao grau de importância atribuído aos papéis. As mulheres tenderam a atribuir um maior grau de importância do que os sujeitos do sexo masculino. Conclui-se que o resgate de papéis ou ganho de novos papéis pode, então, ser um importante caminho para intervenções junto a essa população.

Biografia do Autor

  • Daniel Marinho Cezar da Cruz, Universidade Federal de São Carlos - UFSCar

    Mestre e Doutor em Educação Especial pelo Programa de Pós-Graduação em Educação Especial da Universidade Federal de São Carlos-UFSCar, Docente do Departamento de Terapia Ocupacional da UFSCar.

  • Maria Luísa Guillaumon Emmel, Universidade Federal de São Carlos - UFSCar

    Mestre em Educação Especial e Doutora em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano pela Universidade de São Paulo, Docente do Departamento de Terapia Ocupacional, do Programa de Pós Graduação em Educação Especial e do Programa de Pós-Graduação em Terapia Ocupacional da UFSCar.

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Artigos Originais