Percepção discente sobre a qualidade das práticas educativas em cenário de simulação na graduação médica
DOI:
https://doi.org/10.17267/2594-7907ijhe.v5i1.3109Palavras-chave:
Aprendizagem. Ensino. Educação Médica. Educação em Saúde. Simulação.Resumo
INTRODUÇÃO: As práticas educativas envolvem princípios essenciais para o segmento da aprendizagem nas mais variadas estratégias do ensino, sendo a simulação realística uma estratégia importante que pode ser empregada na matriz curricular, enriquecendo o sistema de ensino-aprendizagem e ampliando as habilidades e competências dos alunos. Entretanto, o uso de novas estratégias de ensino requer constantes avaliações quanto à sua aceitação, aplicabilidade e efetividade, tanto docente, quanto discente. OBJETIVOS: Avaliar a percepção discente quanto a capacidade de uma estratégia desenvolvida em um cenário de simulação, sendo capaz de (a) promover uma aprendizagem ativa; (b) fomentar o trabalho colaborativo; (c) oferecer diferentes formas de apreender e aplicar os conhecimentos e de realizar uma reflexão/avaliação sobre seu aprendizado. MÉTODO: Estudo descritivo e transversal realizado com 110 estudantes do 5º semestre do curso de Medicina de uma Escola de Medicina em Salvador-Bahia entre os meses Fevereiro e Junho de 2019, em que foram realizadas simulações de atendimento ao paciente em Clínica Médica, no cenário de Demência, com a utilização de atores, com os quais os alunos puderam interagir. Um aluno foi sorteado, ou surgiu um voluntário, para participar diretamente do atendimento simulado, enquanto os não sorteados observavam e realizavam considerações após a simulação. O aluno sorteado realizava atendimento ao paciente de forma individual na dependência do cenário apresentado, realizando anamnese e comunicação. Ao final do cenário da simulação, cada aluno respondeu uma única vez ao instrumento “Questionário de Práticas Educativas (versão do aluno)”, o qual foi desenvolvido por outros pesquisadores e validado no português para a avaliação das melhores práticas utilizadas no cenário da simulação, constituído por 16 itens, com duas subescalas (uma relacionada as práticas educativas e outra a importância atribuída ao item), sendo separado em quatro blocos temáticos: aprendizagem ativa; colaboração; maneiras diferentes de aprendizagem; e altas expectativas (tanto professor, quanto aluno devem ser motivados a ensinar e aprender). O modelo de resposta é do tipo Likert de 5 pontos, existindo a opção de “não aplicável” quando a declaração não diz respeito a prática simulada efetuada. RESULTADOS: Um total de 91 questionários dos 110 respondidos foram considerados válidos e analisados. Para cada bloco temático, observou-se alto percentual para a Frequência de concordância, variando de 94,4% para o bloco temático “Altas expectativas” a 61,5% para “Colaboração”; a Frequência de discordância foi relativamente baixa, variando de 20,1% para “Colaboração” a ausente em “Altas expectativas”. Observou-se alto percentual para a Frequência de Importância, variando de 98,9% para os blocos temáticos “Altas expectativas” e “Maneiras diferentes de aprendizagem” a 88,4% para “Colaboração”; a Frequência de Não Importância foi relativamente baixa, variando de 2,1% para “Colaboração” a ausente em “Aprendizagem ativa” e “Altas expectativas”. CONCLUSÃO: Este estudo mostrou que a simulação se torna possibilidade viável para auxiliar na preparação do aluno, pois os mesmos percebem que a simulação se apoia em boas práticas educativas e também é considerada importante para o aprendizado e para o trabalho em equipe.
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