Escuta na relação médico-paciente: uma arte perdida

Autores

  • Douglas Vinicius dos Santos Silva Universidade do Estado da Bahia
  • Maria Gabriela Freitas Viana Universidade do Estado da Bahia
  • Pedro Eduardo de Moura Souza Universidade do Estado da Bahia

DOI:

https://doi.org/10.17267/2594-7907ijhe.v4i2.3332

Palavras-chave:

Relação médico-paciente. Educação médica. Literatura na medicina.

Resumo

INTRODUÇÃO: A relação médico-paciente teve várias reinterpretações no decorrer dos séculos sendo pautada na escuta atenta primordialmente, característica que vêm sendo negligenciada em muitos contextos atuais. Tal relação médico-paciente se mostra fundamental para compreensão do quadro patológico em análise e, também, para o entendimento desse paciente como ser humano o que atribuirá maior dignidade a esse momento tão íntimo, porém tão essencial na prática médica. Com isso, a literatura pode ser utilizada como uma ferramenta para incentivar o desenvolvimento humano dos profissionais e estudantes e subsequentemente a reflexão disso nessa importante relação. DESENVOLVIMENTO: Atualmente se percebe notável enfraquecimento da relação médico-paciente devido, principalmente, ao culto exacerbado do tecnicismo e depreciação do cultural, como os vários segmentos da literatura, quando, na verdade, cada um desses aspectos possuem seu espaço e devem se complementar. Tendo isso em vista, ocorre um maior distanciamento entre médico e paciente o que acaba por prejudicar a imagem do exame clínico moldado pelo que deveria ser um co-protagonismo entre esses dois indivíduos.  Devido a isso, o médico se torna cada vez mais insensível e, por conseguinte, o paciente se torna cada vez mais inalcançável o que dificulta a devida promoção de saúde e futuro bem-estar desta pessoa. Assim, a literatura pode inserir-se como uma ferramenta que estimulará mudança desse contexto, seja pelo contato do médico com temas recorrentes no seu dia a dia a partir da visão de seus pacientes; seja pelo próprio autoconhecimento adquirido capaz de fazê-lo compreender a vulnerabilidade dos seres humanos, inclusive a sua própria. Ademais, outra importante função que a literatura pode propiciar é a de facilitar a própria coleta dos dados – por meio da linguagem ou até mesmo por ações realizadas pelo profissional – a qual terá desdobramentos importantes no prognóstico daquele paciente.  CONCLUSÃO:  Médicos e estudantes dessa área devem propiciar o maior conforto possível para o paciente que se encontra no estado de vulnerabilidade que a moléstia propicia e isso pode ser alcançado mais fácil e eficientemente com a utilização da literatura associada ao tecnicismo de maneira que se tornem complementares e abarquem os vários segmentos inerentes ao ser humano.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Downloads

Publicado

17.12.2020

Edição

Seção

Ensaios teóricos

Como Citar

1.
Silva DV dos S, Viana MGF, Souza PE de M. Escuta na relação médico-paciente: uma arte perdida. Intern J Educ H [Internet]. 17º de dezembro de 2020 [citado 22º de novembro de 2024];4(2):109-13. Disponível em: https://journals.bahiana.edu.br/index.php/educacao/article/view/3332

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

<< < 5 6 7 8 9 10 11 > >>