Produção científica dos discentes do curso de medicina de uma instituição privada: um estudo transversal
DOI:
https://doi.org/10.17267/2594-7907ijeh.2024.e5461Palavras-chave:
Currículo, Educação Médica, Pesquisa, Indicadores de Produção CientíficaResumo
INTRODUÇÃO: Embora seja garantido pelas Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de Medicina, o estímulo à produção científica não é visto na prática em grande parte das universidades particulares no Brasil. OBJETIVO: Quantificar a produção científica dos discentes a partir do componente curricular obrigatório em prática de pesquisa no curso de Medicina em uma instituição privada de Lauro de Freitas, Bahia. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo transversal. A coleta de dados foi realizada por um questionário on-line, via plataforma Google Forms®. Foram incluídos discentes do curso de Medicina que cumpriram a carga horária total do componente curricular obrigatório, e foram avaliadas a produção científica e a experiência com pesquisa dos estudantes. RESULTADOS: 100 alunos responderam ao questionário, dos quais a maioria (96%) possui Currículo Lattes, porém apenas 28 o alimentam periodicamente. Todos participaram de eventos e/ou congressos, 27 apresentaram trabalhos científicos no último ano e 26 relataram participar de grupos de pesquisa vinculados ao CNPq. Dentro do período estudado, foram 32 (46,4%) artigos publicados e 14 artigos publicados em periódicos científicos indexados de impacto nacional, observando um aumento na qualidade das publicações ao longo dos anos. Houve um aumento de 280% no número de discentes contemplados pela Bolsa de Iniciação Científica, principalmente como voluntários. CONCLUSÃO: Em cinco anos foram produzidos 69 projetos e gerados 32 (46,4%) publicações científicas. Um aumento de 280% no número de alunos contemplados por bolsas de iniciação científica.
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