Perfil clínico de pacientes oncológicos e reações de hipersensibilidade aos agentes antineoplásicos sistêmicos
DOI:
https://doi.org/10.17267/2317-3378rec.v9i2.2876Palavras-chave:
Quimioterapia. Antineoplásicos. Hipersensibilidade a drogas.Resumo
OBJETIVO: Identificar o perfil clínico de pacientes oncológicos e reações de hipersensibilidade aos agentes antineoplásicos sistêmicos. MÉTODO: Trata-se de um estudo documental e retrospectivo, com dados obtidos de prontuários clínicos de pacientes oncológicos em tratamento quimioterápico. Foram analisados 249 prontuários clínicos entre janeiro de 2013 e janeiro de 2014 para identificar reações de hipersensibilidade e extrair dados demográficos e clínicos. RESULTADOS: Foram identificados seis prontuários de pacientes com episódios de hipersensibilidade aos quimioterápicos. Na amostra 66,7% foram pacientes do sexo feminino, com idade média de 58,4 anos (DP: ± 14,9) e câncer em estágio III (66,7%), sendo os tumores de cólon e ovário os tipos mais prevalentes (33,3%). A incidência de reações de hipersensibilidade foi 2,4%. Nos 12 episódios estudados, o desconforto respiratório foi o sintoma mais frequente (58,3%) e hiperemia foi o sinal mais frequente (50%). O rituximabe foi o agente antineoplásico mais associado a tais reações (33,3%), seguido pela combinação de FOLFOX e bevacizumabe (25%). A maioria dos episódios ocorreram no segundo ciclo quimioterápico (25%). CONCLUSÃO: As reações de hipersensibilidade à quimioterápicos sistêmicos dependem dos fármacos selecionados e das respostas desenvolvidas pelos pacientes, com ampla variação de sinais e sintomas.