Perfil epidemiológico da sífilis em macrorregiões de saúde da Bahia, 2018–2022

Autores

DOI:

https://doi.org/10.17267/2317-3378rec.2024.e5556

Palavras-chave:

Sífilis, Prevalência, Mortalidade, Sistema de Informação em Saúde, Epidemiologia

Resumo

OBJETIVO: Descrever o perfil epidemiológico da sífilis adquirida por macrorregião no estado da Bahia-Brasil, nos anos 2018–2022. MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo ecológico, descritivo, retrospectivo, utilizando a base de dados do SINAN, por macrorregião de saúde, considerando as variáveis: ano de notificação, raça/cor, sexo e faixa etária. Os dados foram organizados e calculou-se a prevalência e letalidade no Microsoft Excel. RESULTADOS: O estado apresentou uma média de 9 mil casos por ano. A macrorregião Leste contabilizou 21.416 casos, representando mais da metade dos casos nos cinco anos. Entre os anos de 2020 e 2021, observa-se redução no número de casos notificados em todas as macrorregiões, período concomitante a pandemia do COVID-19. Houve maior prevalência no sexo masculino (56,7%), na faixa etária de 20 e 34 anos (43,8%) e raça/cor autodeclarada parda (45,31%) em todas as macrorregiões. As maiores taxas de letalidade foram registradas nas macrorregiões Centro-Norte (2,34%) e Nordeste (1,93%). CONCLUSÕES: As macrorregiões Nordeste e Centro-Norte apresentaram menores notificações. As maiores taxas de letalidade foram registradas nas macrorregiões Centro-Norte e Nordeste. Verifica-se a necessidade de realizar busca ativa, campanhas de testagem e educação em saúde para população jovem e do sexo masculino, principalmente na macrorregião Leste.

 

 

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

(1) Freitas FLS, Benzaken AS, Passos MRL, Coelho ICB, Miranda AE. Brazilian Protocol for Sexually Transmitted Infections 2020: acquired syphilis. Epidemiol Serv Saúde. 2021;30(esp 1):e2020616. http://dx.doi.org/10.1590/s1679-4974202100004.esp1

(2) Pan American Health Organization, World Health Organization. Syphilis [Internet]. Washington: PAHO, WHO; [s. d.]. Available from: https://www.paho.org/en/topics/syphilis

(3) Ministério da Saúde (Brasil), Departamento de HIV/AIDS, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Indicadores e Dados Básicos de Sífilis nos Municípios Brasileiros [Internet]. Ministério da Saúde; 2022. Available from: http://indicadoressifilis.aids.gov.br/

(4) Ministério da Saúde (Brasil), Secretaria de Vigilância em Saúde. Boletim Epidemiológico – Sífilis [Internet]. Ministério da Saúde. 2022;6(1). Available from: https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/boletins/epidemiologicos/especiais/2022/boletim-epidemiologico-de-sifilis-numero-especial-out-2022/view

(5) Centers for Disease Control and Prevention. Sexually Transmitted Disease Surveillance 2021 [Internet]. CDC; 2021. p. 12-7. Available from: https://www.cdc.gov/std/statistics/2022/2021-STD-Surveillance-Report-PDF_ARCHIVED-2-16-24.pdf

(6) Furlam TO, Pereira CCA, Frio GS, Machado CJ. Efeito colateral da pandemia de Covid-19 no Brasil sobre o número de procedimentos diagnósticos e de tratamento da sífilis. Rev Bras Estud Popul. 2022;39:e0184. https://doi.org/10.20947/S0102-3098a0184

(7) Portaria nº 2.472, de 31 de agosto de 2010 (Brasil). Define as terminologias adotadas em legislação nacional, conforme disposto no Regulamento Sanitário Internacional 2005, a relação de doenças, agravos e eventos em saúde pública de notificação compulsória em todo o território nacional e estabelecer fluxo, critérios, responsabilidades e atribuições aos profissionais e serviços de saúde. [Internet]. Diário Oficial da União. 2010 ago. 31. Available from: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2010/prt2472_31_08_2010.html

(8) Ministério da Saúde (Brasil), Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) [Internet]. Brasília: Ministério da Saúde; 2022. Available from: https://www.gov.br/aids/pt-br/central-de-conteudo/pcdts/2022/ist/pcdt-ist-2022_isbn-1.pdf/view

(9) Figueiredo DCMM, Figueiredo AM, Souza TKB, Tavares G, Vianna RPT. Relationship between the supply of syphilis diagnosis and treatment in primary care and incidence of gestational and congenital syphilis. Cad Saúde Pública. 2020;36(3):e00074519. https://doi.org/10.1590/0102-311X00074519

(10) Rouquayrol MZ, Silva MGC. Rouquayrol: epidemiologia & saúde. 8a. ed. Rio de Janeiro: Medbook; 2018.

(11) Lima HD, Jesus ML, Cunha JFP, Jango LH, Pereira JT. The impact of the Covid-19 pandemic on the incidence of acquired syphilis in Brazil, Minas Gerais and Belo Horizonte. REAS. 2022;15(8):e10874. https://doi.org/10.25248/REAS.e10874.2022

(12) Mendonça AF, Jansen ACS, Barbosa ES, Sousa LR, Mendonça RG, Araújo GR, et al. Aspects of the epidemiological dynamics of acquired syphilis and gestational syphilis between 2010 and 2021 in a state of the northeast region of Brazil. Arq Ciênc Saúde Unipar [Internet]. 2023;27(8):4323-39. Available from: https://www.revistas.unipar.br/index.php/saude/article/view/10266

(13) Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Brasileiro de 2022. Rio de Janeiro: IBGE; 2022 [Internet]. Available from: https://censo2022.ibge.gov.br/panorama/

(14) Santos COB, Costa GLL, Pimenta JS, Pereira LIM, Santos FS. Análise epidemiológica da Sífilis Adquirida na Região Norte do Brasil. REAS. 2023;23(7):e12361. https://doi.org/10.25248/REAS.e12361.2023

(15) Secretária de Saúde do Estado da Bahia. Boletim Epidemiológico Sífilis, Bahia, 2020 [Internet]. Bahia: SESAB; 2020. Available from: https://www.saude.ba.gov.br/wp-content/uploads/2018/08/boletinSifilis_No05_2020-1.pdf

(16) Santos IN, Ribeiro BS, Cardoso LC, Soares CJ. Epidemiological Profi le of Congenital Sifi lis in the State of Bahia, Brazil, 2007 to 2017. Revista Urug Enferm. 2019;14(2):34-43. https://doi.org/10.33517/rue2019v14n2a5

(17) Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Índice de Desenvolvimento Humano. Rio de Janeiro: IBGE; 2020 [Internet] Available from: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rj/rio-de-janeiro/panorama

(18) Ministério da Saúde (Brasil). Brasil avança no enfrentamento à sífilis [Internet]. Brasília: Ministério da Saúde; 2020. Available from: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2020/outubro/brasil-avanca-no-enfrentamento-a-sifilis

(19) Carneiro BF, Silva BAS, Freire Junior CJ, Aguiar EG, Oliveira FCS, Bonutti Filho LFC, et al. Epidemiological profile of acquired syphilis cases in Brazil from 2017 to 2021. REAS. 2023;43:e11823. https://doi.org/10.25248/REAC.e11823.2023

(20) Pereira RMS, Selvati FS, Teixeira LGF, Loureiro LH, Castro RBC, Silva LR. Syphilis in men: social representation about infection. Braz J Hea Rev. 2020;3(1):463-76. https://doi.org/10.34119/bjhrv3n1-035

(21) Martins TB, Cordeiro VAT. Análise do panorama da sífilis adquirida em adolescentes em adultos jovens no Brasil: revisão de literatura. Itajaí: Universidade do Sul de Santa Catarina; 2023. Available from: https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/35740

(22) Hu H, Chen Y, Shi L, Liu L, Xu Z, Sun L, et al. Prevalence of syphilis and chlamydia trachomatis infection among men who have sex with men in Jiangsu province, China: A cross-sectional survey. Front Public Health. 2022;10:1006254. https://doi.org/10.3389%2Ffpubh.2022.1006254

(23) Barbosa RRS, Silva CS, Sousa AAP. Echoing voices: racism, violence and black population’s health. Rev Katál. 2021;24(2):353-63. https://doi.org/10.1590/1982-0259.2021.e77967

(24) Ministério da Saúde (Brasil), Secretaria-Executiva, Departamento de Monitoramento e Avaliação do SUS. Política Nacional de Informação e Informática em Saúde [Internet]. Brasília: Ministério da Saúde; 2016. Available from: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_infor_informatica_saude_2016.pdf

(25) Cielo AC, Raiol T, Silva EN, Barreto JOM. Implementation of the e-SUS Primary Care Strategy: an analysis based on official data. Rev Saude Publica. 2022;56:5. https://doi.org/10.11606/s1518-8787.2022056003405

(26) Souza LA, Oliveira ISB, Lenza NFB, Rosa WAG, Carvalho VV, Zeferino MGM. Ações de enfermagem para a prevenção da sífilis congênita: uma revisão bibliográfica. Revista de Iniciação Científica da Libertas [Internet]. 2018;8(1):108-20. Available from: https://revistaic.pesquisaextensaolibertas.com.br/index.php/riclibertas/article/view/92/95

Publicado

07.05.2024

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

1.
Santos JBL de O, Silva F de S, de Oliveira TR, Batista AC de S, de Carvalho VT, Suto CSS. Perfil epidemiológico da sífilis em macrorregiões de saúde da Bahia, 2018–2022. Rev Enf Contemp [Internet]. 7º de maio de 2024 [citado 3º de julho de 2024];13:e5556. Disponível em: https://journals.bahiana.edu.br/index.php/enfermagem/article/view/5556

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)