Causas de recusa familiar na doação de órgãos e tecidos
DOI:
https://doi.org/10.17267/2317-3378rec.v7i1.2008Palavras-chave:
Morte encefálica. Transplante. Obtenção de tecidos e órgãos.Resumo
INTRODUÇÃO: A taxa de doações de órgãos e tecidos vem crescendo durante os anos. Porém, a não efetivação das doações ainda é alta, sendo o principal fator a recusa familiar. OBJETIVO: Descrever os motivos de recusa familiar para doação de órgãos e tecidos. MÉTODOS: Estudo quantitativo, descritivo, retrospectivo, transversal e exploratório, realizado com 350 prontuários de pacientes potenciais doadores de órgãos nos hospitais de Petrolina-PE, entre os anos de 2013 a 2017. Para coleta de dados utilizou-se um formulário de pesquisa elaborado pelas autoras. Os dados foram tabulados e armazenados no programa Excel for Windows/2013, compondo o banco de dados da pesquisa. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Estado da Bahia sob nº 65496017.3.0000.0057. RESULTADOS: Foram analisados 350 prontuários de potenciais doadores os quais a entrevista familiar foi realizada. Para este estudo, foram utilizados apenas os prontuários em que houve a recusa familiar para a doação dos órgãos e tecidos, totalizando 147. As causas mais frequentes foram: corpo íntegro (36,0%), desconfiança do processo de doação (32,6%), doador contrário em vida (16,3%), revolta com atendimento da equipe hospitalar (4,7%), demora do processo de doação (2,7%), motivos religiosos e não compreensão da morte encefálica (1,3%). CONCLUSÃO: Percebe-se que os fatores de recusa remetem à falta de informação e divulgação sobre o processo de doação, sendo necessário que campanhas educativas sejam realizadas com o objetivo de esclarecer a população sobre esta temática, visando diminuir as negativas devido à recusa familiar.