MANEJO ODONTOLÓGICO DE PACIENTES EM TERAPIA ANTITROMBÓTICA
DOI:
https://doi.org/10.17267/2596-3368dentistry.v7i4.974Palavras-chave:
Terapia trombolítica. Inibidores da agregação de plaquetas. OdontologiaResumo
As doenças cardiovasculares são comuns e representam a principal causa de mortes no mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que estas são responsáveis por cerca de 17,3 milhões ou 30% do total mundial de mortes a cada ano. Dentre as doenças cardiovasculares a doença trombótica é uma das mais prevalentes. As estratégias farmacêuticas para o tratamento da trombose, devido à predominância de plaquetas e fibrina a depender do tipo de trombo, incluem fármacos antiplaquetários, anticoagulantes e agentes fibrinolíticos, que apesar de possuírem mecanismos de ação distintos, visam interferir em etapas principais da formação e manutenção do coágulo, aumentando significativamente o risco de sangramentos espontâneos ou provocados. Este trabalho objetivou descrever as condutas que devem ser adotadas para o atendimento odontológico seguro de pacientes em terapia anticoagulante, antiplaquetária ou trombolítica, por meio de uma revisão de literatura, utilizando-se livros, artigos, teses e periódicos científicos publicados em bases eletrônicas como SciELO, Bireme, MedLine e Lilacs, nos idiomas português e inglês, além de informações disponibilizadas em endereços eletrônicos oficiais como Ministério da Saúde e OMS. Verificou-se que a tendência atual é que pacientes que fazem uso de anticoagulantes orais possam se submeter a procedimentos odontológicos, sem necessidade de qualquer interrupção ou modificação na terapia, mas com ênfase em medidas preventivas de hemostasia local. Mas ainda é controversa a abordagem ao paciente que faz uso de AAS, considerando que a conduta de interromper o uso dias antes do procedimento continua sendo prudente para reduzir o risco de hemorragia, e diferentemente dos anticoagulantes, aparentemente sem prejuízos ao paciente.