Infecções sexualmente transmissíveis na população carcerária de Alfenas-MG: estudo de prevalência e intervenção educacional
DOI:
https://doi.org/10.17267/2594-7907ijhe.v4i1.2659Palavras-chave:
Infecções Sexualmente Transmissíveis. Populações vulneráveis. Prisioneiros. Prisões.Resumo
INTRODUÇÃO: As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s) são transmitidas principalmente pelo sexo sem proteção e pelo compartilhamento de perfurocortantes. É tema delicado quando tratado no contexto dos presídios e das Associações de Proteção e Assistência ao Condenado (APAC’s). OBJETIVOS: O objetivo geral foi analisar as relações entre: o encarcerado, seu conhecimento acerca das IST’s e sua condição de vulnerabilidade. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo transversal e de intervenção educacional. Na análise dos prontuários foram pesquisadas as sorologias (FTAabs IgG, HbsAg, Anti-HCV e Anti-HIV). O estudo de intervenção foi realizado em 3 etapas: 1ª- questionário pré-teste; 2ª- aula expositiva; e 3ª- questionário pós-teste. RESULTADOS: Dos 151 prontuários, identificaram-se 3 pessoas HIV positivo, 4 HCV positivo e 8 FTAabs IgG positivo. Na APAC, foi identificado 1 FTAabs IgG positivo. Dos 58 recuperandos da APAC, 34,5% não acessaram o ensino médio e 37,5% utilizam preservativos sempre. No pré-teste, a maioria assinalou que a transmissão das IST’s se dava pelo compartilhamento de perfurocortantes e pelo sexo desprotegido. No pós-teste notamos ganho de conhecimento na maioria das questões. CONCLUSÃO: Concluindo, a literatura e nossos resultados mostraram maior prevalência de IST’s nos presídios. Ademais, nota-se que a baixa escolaridade está relacionada às práticas de risco. Além disso, o compartilhamento de apetrechos para o uso de drogas, realização de tatuagens e o sexo sem condom é considerável. Também foram observadas outros contratempos contribuintes para a alta prevalência de IST’s. Por fim, é necessário aumentar os investimentos em politicas públicas voltadas à saúde da população carcerária.