Alterações sexuais no climatério do ponto de vista cinesiológico-funcional - revisão
DOI:
https://doi.org/10.17267/2238-2704rpf.v9i4.1757Palavras-chave:
Fisioterapia. Menopausa. Assoalho pélvico. Disfunções Sexuais Fisiológicas.Resumo
INTRODUÇÃO: As mudanças físicas e psicológicas que a mulher enfrenta durante o climatério, podem prejudicar a sexualidade devido às alterações hormonais do período. OBJETIVOS: Com isso, o objetivo desta revisão é de investigar os possíveis recursos fisioterapêuticos usados sob um prisma cinesiológico funcional para minimizar os efeitos deste período. MÉTODOS: Uma busca eletrônica das seguintes bases de dados foi realizada: PubMed, Lilacs e Google Scholar. A pesquisa foi executada do ano de 2010 até o ano de 2018, utilizando as seguintes combinações de palavras: disfunção sexual feminina AND menopausa AND fisioterapia, com os termos em português e inglês. RESULTADOS: Durante o climatério ocorre uma atrofia vaginal, e essa condição pode levar a dores durante o intercurso sexual que, por sua vez, podem gerar contraturas nos músculos do assoalho pélvico (MAP). Uma vez instaurada esta contratura a dor tende a aumentar, assim originando um ciclo vicioso de dor. Os MAP durante o climatério também sofrem uma queda da sua função muscular, podendo gerar disfunções pélvicas como a incontinência urinária, os prolapsos de órgãos pélvicos e prejudicar a função sexual da mulher. CONCLUSÕES: A fisioterapia tem um grande arsenal de recursos terapêuticos que podem incrementar a musculatura pélvica e melhorar a qualidade de vida nesse período de declínio hormonal. Apesar de se necessitar de mais estudos a esse respeito, as técnicas fisioterapêuticas que obtiveram maior eficácia no tratamento da dispareunia em mulheres no climatério, descritas nesta revisão, foram a termoterapia na MAP, liberação manual dos ponto-gatilhos miofasciais da MAP e treinamento dessa musculatura. Sendo assim, a fisioterapia pélvica deve ser uma linha terapêutica a ser prescrita no climatério.