Relação entre práticas parentais e marcos do desenvolvimento motor no primeiro ano de vida
DOI:
https://doi.org/10.17267/2238-2704rpf.v8i3.1836Palavras-chave:
Desenvolvimento infantil. Relações pais-filho. Destreza motora.Resumo
INTRODUÇÃO: Os pais são responsáveis por organizar uma variedade de experiências dentro de casa e na comunidade, que favorecem o desenvolvimento infantil. Embora seja importante e amplamente estudado nos diferentes domínios do desenvolvimento, existem poucos estudos sobre a relação entre práticas parentais e o desenvolvimento motor. OBJETIVO: Verificar quais práticas parentais estão mais relacionadas com o desenvolvimento motor no primeiro ano de vida. MÉTODOS: Estudo transversal, exploratório, metodologia Apoio Multicritério à Decisão e Correlação de Spearman. Foram aplicados questionários estruturados sobre práticas parentais e marcos do desenvolvimento motor no primeiro ano de vida em 35 pais ou cuidadores de crianças com idade entre 12 a 24 meses. RESULTADOS: Verificou-se que de quatro a seis meses as práticas de não deixar no berço, colocar de pé com apoio, colocar no chão, dar brinquedos variados, apresentaram correlação moderada e inversa com quatro apoios (r= -0,440 p= 0,010), engatinhar (r= -0,418 p= 0,013) e passos (r= -0,397 p= 0,018). Entre seis a doze meses as práticas de não deixar no berço, colocar de pé com apoio, estimular passos, apresentaram correlação moderada e inversa com sentar-se (r= -0,368 p=0,030), sentar-se bem (r= -0,388 p= 0,021), em pé (r=-0,407 p= 0,015) e passos (r= -0,373 p= 0,027). CONCLUSÃO: Foi possível verificar que há relação entre as práticas parentais e o surgimento dos marcos do desenvolvimento motor no primeiro ano de vida, a partir de 4 meses de idade. Aquelas práticas relacionadas com a oferta de material para aprendizagem e liberdade de movimento foram as mais favoráveis.