Autonomia em procedimentos ventilatórios por fisioterapeutas que atuam em fisioterapia intensiva no estado da Bahia: um estudo transversal

Autores

DOI:

https://doi.org/10.17267/2238-2704rpf.v11i4.4167

Palavras-chave:

Autonomia Profissional, Fisioterapia, Unidade de Terapia Intensiva, Serviço Hospitalar de Fisioterapia, Suporte Ventilatório Invasivo, Ventilação Não Invasiva

Resumo

INTRODUÇÃO: A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é um local destinado ao suporte adequado para pacientes que requerem monitorização e cuidado constante. Neste ambiente o fisioterapeuta auxilia na manutenção de funções vitais e colabora para a redução de complicações clínicas e do índice de mortalidade. Além disso, dentro das suas áreas de domínio, o fisioterapeuta compartilha a responsabilidade do manejo de procedimentos ventilatórios que substituem a ventilação espontânea. OBJETIVO: Descrever a autonomia em procedimentos ventilatórios pelos fisioterapeutas que atuam em UTI no estado da Bahia. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo transversal com fisioterapeutas que atuam em UTI no estado da Bahia, inscritos no Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 7ª Região (CREFITO-7), utilizando um questionário eletrônico desenvolvido pelos pesquisadores. Os dados foram submetidos à análise estatística descritiva e multivariada. O nível de significância adotado foi de p < 0,05. O tratamento estatístico foi realizado utilizando-se o Statistical Package for the Social Sciences, versão 21.0 (SPSS Inc., Chicago, IL, EUA). RESULTADOS: Foram avaliados 265 fisioterapeutas que atuam em terapia intensiva no estado da Bahia, com média de idade de 32,4 ±5,4 anos, sendo 61,9% do sexo feminino. Em relação a autonomia profissional, 94,3% declararam que a tomada de decisão (sobre os procedimentos fisioterapêuticos na UTI em que atuam) é de responsabilidade do fisioterapeuta. O maior nível de autonomia sobre os procedimentos ventilatórios foi observado para a aplicação de Ventilação Mecânica Não Invasiva VNI (97,7%), seguido do desmame (97,4%), indicação (97%) e manutenção (96,2%). CONCLUSÃO: Através do presente estudo foi possível concluir que os fisioterapeutas que atuam em UTI no Estado da Bahia declaram possuir autonomia profissional em relação a procedimentos ventilatórios, sobretudo para os não invasivos.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Nates JL, Nunnally M, Kleinpell R, Blosser S, Goldner J, Birriel B, et al. ICU Admission, Discharge, and Triage Guidelines: A Framework to Enhance Clinical Operations, Development of Institutional Policies, and Further Research. Crit Care Med. 2016;4(8):1553-602. https://doi.org/10.1097/CCM.0000000000001856

Ministério da Saúde (Brazil). Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Dispõe sobre os requisitos mínimos para funcionamento de Unidades de Terapia Intensiva e dá outras providências [Internet]. Brasília: Ministério da Saúde; 2010. Available from: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2010/res0007_24_02_2010.html

Resolução nº 402 de 03 de agosto de 2011 (Brazil). Disciplina a Especialidade Profissional Fisioterapia em Terapia Intensiva e dá outras providências [Internet]. Brasília: Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional; 2011. Available from: http://www.crefito3.org.br/dsn/pdfetica/Res%20Coffito%20402%20-%2003-08-2011-%20Intensiva.pdf

Magalhães FLS. Os benefícios da Ventilação Não Invasiva nos pacientes internados na UTI e em ambulatórios [undergraduate thesis] [Internet]. São Francisco do Conde: Universidade da Integração Internacional da da Lusofonia Afro-Brasileira; 2018. Available from: http://www.repositorio.unilab.edu.br:8080/xmlui/handle/123456789/724

Nozawa E, Sarmento GJV, Vega JM, Costa D, Silva JE, Feltrim MIZ. A profile of Brazilian physical therapists in intensive care units. Fisioter Pesq. 2008;15(2):177-78. https://doi.org/10.1590/S1809-29502008000200011

Reis NF, Gazola NLG, Bundchen DC, Bonorino KC. Ventilação não invasiva na unidade de terapia intensiva de um hospital universitário: características relacionadas ao sucesso e insucesso. Fisioter Pesq. 2019;26(1):3-8. https://doi.org/10.1590/1809-2950/17000626012019

Bonfada MS, Moura LN, Soares SGA, Pinno C, Campogonara S. Autonomy of nurses in the hospital environment. Enfermagem Brasil. 2018;17(5):527-34. https://doi.org/10.33233/eb.v17i5.1503

Melo CMM, Florentino TC, Mascarenhas NB, Macedo KS, Silva MC, Mascarenhas SN. Professional autonomy of the nurse: some reflections. Esc Anna Nery. 2016;20(4):e20160085. https://doi.org/10.5935/1414-8145.20160085

Hodgson CL, Tipping CJ. Physiotherapy management of intensive care unit-acquired weakness. J Physiother. 2017;63(1):4–10. https://doi.org/10.1016/j.jphys.2016.10.011

Barros FBM. Autonomia Profissional do Fisioterapeuta ao longo da história. Fisiobrasil [Internet]. 2003;29:20-31. Available from: https://www.researchgate.net/publication/321186076_AUTONOMIA_PROFISSIONAL_DO_FISIOTERAPEUTA_AO_LONGO_DA_HISTORIA

Câmara AMSC, Santos LLCP. A study on alumni from the undergraduate course in physical therapy at the Federal University in Minas Gerais (UFMG): 1982-2005. Rev Bras Educ Med. 2012;36(1):5–17. https://doi.org/10.1590/S0100-55022012000200002

Prati FAM. Autonomia profissional do fisioterapeuta e do terapeuta ocupacional [Internet]. Porto Alegre: Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional; 2016. Available from: https://crefito5.org.br/noticia/artigo-traz-esclarecimentos-sobre-autonomia-do-fisioterapeuta-e-do-terapeuta-ocupacional

Rocha AR, Russo RC, Toledo TR, Rodrigues JE. Profile of professional background of physiotherapists in intensive care units in the city of Maceio. ASSOBRAFIR Ciênc [Internet]. 2012;3(2):21–30. Available from: https://www.cpcrjournal.org/article/5de11d000e8825983c4ce1d5

Barbas CSV, Ísola AM, Farias AMC, Cavalcanti AB, Gama AMC, Duarte ACM. Brazilian recommendations of mechanical ventilation 2013. Part I. Rev Bras Ter Intensiva. 2013;26(2):89-121. https://doi.org/10.5935/0103-507X.20140017

Caetano JA, Soares E, Andrade LM, Ponte RM. Humanized care in intensive therapy: a reflexive study Esc Anna Nery. 2007;11(2):325–30. https://doi.org/10.1590/S1414-81452007000200022

Yamanaka CS, Góis AFT, Vieira PCB, Alves JCD, Oliveira LM, Blanes L, et al. Orotracheal intubation: physicians knowledge assessment and clinical practices in intensive care units. Rev Bras Ter Intensiva. 2010;22(2):103-11. https://doi.org/10.1590/S0103-507X2010000200002

Badaró AFV, Guilhem D. Sociodemographic and professional profile of physical therapists and origin of their conceptions of ethics. Fisioter Mov. 2011;24(3):445–54. https://doi.org/10.1590/S0103-51502011000300009

Stiller K. Physiotherapy in intensive care: An updated systematic review. Chest. 2013;144(3):825–47. https://doi.org/10.1378/chest.12-2930

Publicado

29.11.2021

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

1.
Santiago dos Santos LA, Prata Martinez B, Barbosa Ferreira M, Veloso Silva FM, Ferraz Pixitelli Q, França Correia H. Autonomia em procedimentos ventilatórios por fisioterapeutas que atuam em fisioterapia intensiva no estado da Bahia: um estudo transversal . Rev Pesq Fisio [Internet]. 29º de novembro de 2021 [citado 22º de dezembro de 2024];11(4):791-7. Disponível em: https://journals.bahiana.edu.br/index.php/fisioterapia/article/view/4167

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)