Funcionalidade após internação em unidade de terapia intensiva pediátrica – seguimento de seis meses: um estudo multicêntrico
DOI:
https://doi.org/10.17267/2238-2704rpf.2022.e4768Palavras-chave:
Cuidados intensivos pediátricos, Estado funcional, Morbidade, PediatriaResumo
INTRODUÇÃO: Após doença crítica, diversas complicações podem surgir, incluindo prejuízo da funcionalidade. OBJETIVOS: Avaliar a funcionalidade de pacientes críticos pediátricos após a alta hospitalar. MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo observacional longitudinal prospectivo, com 214 pacientes com idade entre um mês e <18 anos, que necessitaram de internação em UTIP. A funcionalidade foi avaliada com a Escala de Estado Funcional (FSS-Brasil) na linha de base, alta da UTIP, alta hospitalar, três e seis meses após alta. Nova morbidade foi definida como piora do estado funcional de dois ou mais pontos no mesmo domínio da FSS-Brasil quando comparado com a pontuação inicial. O modelo Generalized Estimating Equation foi utilizado para comparar os escores da FSS-Brasil. Teste Qui-quadrado de McNemar foi utilizado para avaliar a diferença entre as categorias de estado funcional em cada domínio. Regressão de Poisson foi realizada para determinar associações entre variáveis clínicas e estado funcional. RESULTADOS: Dos 214 pacientes,135 terminaram o seguimento. A maioria da amostra era do sexo masculino (57,5%), com alguma condição crônica (76,2%) e 45,8% reinternaram no hospital. Observamos disfunção moderada na FSS-Brazil (10-15) na alta da UTIP (42,1%) e nova morbidade foi observada em 11,5% da amostra após alta hospitalar. Mais dias em ventilação mecânica invasiva aumentaram em 1,02 o risco de nova morbidade. CONCLUSÕES: Pacientes que necessitaram de UTIP recuperaram a funcionalidade após a alta hospitalar e permaneceram estáveis em três e seis meses. A incidência de nova morbidade foi baixa e a ventilação mecânica invasiva foi fator de risco.
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