Funcionalidade após internação em unidade de terapia intensiva pediátrica – seguimento de seis meses: um estudo multicêntrico

Autores

  • Jéssica Knisspell de Oliveira Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (Porto Alegre). Rio Grande do Sul, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-6707-8887
  • Camila W. Schaan Hospital de Clínicas de Porto Alegre (Porto Alegre), Rio Grande do Sul, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-9317-3415
  • Camila M. de Campos Centro de Estudos e Fisioterapia para Funcionalidade e Integração (Porto Alegre). Rio Grande do Sul, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-1651-524X
  • Nathalia Vieira Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (Porto Alegre). Rio Grande do Sul, Brasil. https://orcid.org/0000-0001-9145-6086
  • Rayane S. Rodrigues Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (Porto Alegre). Rio Grande do Sul, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-2164-4855
  • Larissa S. de Moraes Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (Porto Alegre). Rio Grande do Sul, Brasil. https://orcid.org/0000-0003-4394-0134
  • Janice L. Lukrafka Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (Porto Alegre). Rio Grande do Sul, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-9218-9204
  • Renata S. Ferrari Hospital de Clínicas de Porto Alegre (Porto Alegre), Rio Grande do Sul, Brasil. https://orcid.org/0000-0001-8992-2607

DOI:

https://doi.org/10.17267/2238-2704rpf.2022.e4768

Palavras-chave:

Cuidados intensivos pediátricos, Estado funcional, Morbidade, Pediatria

Resumo

INTRODUÇÃO: Após doença crítica, diversas complicações podem surgir, incluindo prejuízo da funcionalidade. OBJETIVOS: Avaliar a funcionalidade de pacientes críticos pediátricos após a alta hospitalar. MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo observacional longitudinal prospectivo, com 214 pacientes com idade entre um mês e <18 anos, que necessitaram de internação em UTIP. A funcionalidade foi avaliada com a Escala de Estado Funcional (FSS-Brasil) na linha de base, alta da UTIP, alta hospitalar, três e seis meses após alta. Nova morbidade foi definida como piora do estado funcional de dois ou mais pontos no mesmo domínio da FSS-Brasil quando comparado com a pontuação inicial. O modelo Generalized Estimating Equation foi utilizado para comparar os escores da FSS-Brasil. Teste Qui-quadrado de McNemar foi utilizado para avaliar a diferença entre as categorias de estado funcional em cada domínio. Regressão de Poisson foi realizada para determinar associações entre variáveis clínicas e estado funcional. RESULTADOS: Dos 214 pacientes,135 terminaram o seguimento. A maioria da amostra era do sexo masculino (57,5%), com alguma condição crônica (76,2%) e 45,8% reinternaram no hospital. Observamos disfunção moderada na FSS-Brazil (10-15) na alta da UTIP (42,1%) e nova morbidade foi observada em 11,5% da amostra após alta hospitalar. Mais dias em ventilação mecânica invasiva aumentaram em 1,02 o risco de nova morbidade. CONCLUSÕES: Pacientes que necessitaram de UTIP recuperaram a funcionalidade após a alta hospitalar e permaneceram estáveis em três e seis meses. A incidência de nova morbidade foi baixa e a ventilação mecânica invasiva foi fator de risco.

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Publicado

06.12.2022

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

1.
Oliveira JK de, Schaan CW, Campos CM de, Vieira N, Rodrigues RS, Moraes LS de, et al. Funcionalidade após internação em unidade de terapia intensiva pediátrica – seguimento de seis meses: um estudo multicêntrico . Rev Pesq Fisio [Internet]. 6º de dezembro de 2022 [citado 5º de dezembro de 2024];12:e4768. Disponível em: https://journals.bahiana.edu.br/index.php/fisioterapia/article/view/4768