Morte encefálica: conhecimento dos fisioterapeutas a respeito dos conceitos e protocolo em um hospital de urgências

Autores

DOI:

https://doi.org/10.17267/2238-2704rpf.2023.e5033

Palavras-chave:

Morte Encefálica, Transplante de Órgãos, Conhecimento, Fisioterapeutas

Resumo

INTRODUÇÃO: A morte encefálica (ME) é caracterizada pela presença de coma aperceptivo e ausência de reflexos de tronco encefálico. O sucesso no processo de doação de órgãos é complexo e depende do envolvimento ativo dos profissionais no processo de busca ativa e notificação de potenciais doadores (PD). O fisioterapeuta lida diretamente com o paciente crítico e, dentre outras funções, gerencia a ventilação mecânica, sendo fundamental no processo de manutenção do PD. OBJETIVO: Avaliar o conhecimento dos fisioterapeutas sobre os conceitos e protocolo de ME em um hospital de urgências. METODOLOGIA: Estudo transversal, analítico, realizado por meio de perguntas sociodemográficas e um questionário constituído por nove questões objetivas, elaborado com base na resolução nº 2.173/2017 do CFM. RESULTADOS: Participaram do estudo 27 fisioterapeutas que obtiveram uma pontuação média de 4,74 (DP ± 1,65) no questionário. As perguntas com maiores índices de erros foram as que indagaram sobre o tempo mínimo para abertura do protocolo de ME (92,6%) e a manutenção do suporte de vida em não doador (66,7%). Conclusão: Os fisioterapeutas avaliados demonstraram possuir conhecimento limitado acerca dos conceitos e protocolo de ME diante do número limítrofe de acertos. Além disso, a maioria dos profissionais referiu não ter recebido nenhum tipo de capacitação, podendo configurar um dos determinantes para o baixo desempenho no questionário.

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Publicado

30.06.2023

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

1.
da Silva LSB, Pereira L de S, Nunes ELG, Nogueira AP, Moreira SS, Gardenghi G. Morte encefálica: conhecimento dos fisioterapeutas a respeito dos conceitos e protocolo em um hospital de urgências. Rev Pesq Fisio [Internet]. 30º de junho de 2023 [citado 27º de abril de 2024];13:e5033. Disponível em: https://journals.bahiana.edu.br/index.php/fisioterapia/article/view/5033

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