Perfil de dor e cinesiofobia em atletas de judô da categoria master

Autores

DOI:

https://doi.org/10.17267/2238-2704rpf.2023.e5152

Palavras-chave:

Dor, Cinesiofobia, Artes Marciais

Resumo

INTRODUÇÃO: Atletas de contato estão sujeitos a lesões musculoesqueléticas devido às técnicas repetitivas aplicadas durante treinos e campeonatos. Isso pode levá-los a apresentar dores agudas e crônicas, e, a depender da técnica aplicada, diferentes regiões do corpo podem ser acometidas.  Estudos nesta área focam na descrição da lesão ou trauma, no entanto, a presença de cinesiofobia nesta população é uma lacuna a ser investigada.  OBJETIVO: Descrever o perfil de dor e cinesiofobia em atletas de Judô da categoria master. MÉTODO: Estudo observacional, descritivo, de corte transversal, realizado com 29 atletas de judô master inscritos na Federação Baiana. Para descrição da dor, foram utilizados o Inventário Breve de Dor (IBD) e Doleur Neuropathique Questionnaire (DN4) e a Escala de Cinesiofobia de Tampa (ECT). Os dados foram tabulados e analisados descritivamente através do software Excel for Windows® utilizando valor absoluto ou média (desvio padrão). RESULTADOS: Os dados do IBD mostraram que a média geral de dor foi de 5,1 ± 1,8, o tratamento optado foi majoritariamente o farmacológico e a região mais acometida foi a face anterior do joelho. Dos 29 participantes, 9 (31%) apresentavam o escore ≥3, indicando presença de dor neuropática e cinesiofobia leve com média geral de 33,8 ± 6,7 no escore da ECT. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os atletas apresentaram dor moderada com pouco impacto na vida pessoal e as regiões com maior incidência foram os joelhos. Cinesiofobia leve esteve presente em mais da metade dos participantes e um terço apresentou dor neuropática.

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Publicado

29.08.2023

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

1.
Sestelo ES, Ribeiro GL, dos Santos CPC, Goes BT. Perfil de dor e cinesiofobia em atletas de judô da categoria master. Rev Pesq Fisio [Internet]. 29º de agosto de 2023 [citado 21º de novembro de 2024];13:e5152. Disponível em: https://journals.bahiana.edu.br/index.php/fisioterapia/article/view/5152

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