Correlação entre desempenho funcional e o tempo de permanência de pacientes neurocirúrgicos na unidade de terapia intensiva
DOI:
https://doi.org/10.17267/2238-2704rpf.v8i2.1866Palavras-chave:
Unidades de terapia intensiva. Neurocirurgia. Deambulação precoce. Modalidades de Fisioterapia. Tempo de internação.Resumo
INTRODUÇÃO: Os pacientes neurocirúrgicos são predispostos a disfunções neurológicas inerentes à doença de base, às alterações sensório-motoras, cognitivas e tem sua mobilidade reduzida na fase aguda pós-operatória. OBJETIVO: Investigar a correlação entre desempenho funcional e o tempo de permanência de pacientes neurocirúrgicos na unidade de terapia intensiva (UTI) e descrever a frequência de retirada do leito nesse período. MÉTODOS: Trata-se de um estudo observacional, de corte transversal, realizado em uma UTI cirúrgica de um hospital de alta complexidade da rede pública estadual em Salvador, Bahia. Foram incluídos indivíduos adultos submetidos a algum tipo de neurocirurgia, sendo excluídos aqueles transferidos para outra unidade ou hospital antes da alta. Retirou-se dos prontuários dados sociodemográficos, clínicos e sobre a retirada do leito. A medida de independência funcional (MIF) foi avaliada no momento da alta e a correlação com o tempo de internação na UTI foi verificada através do coeficiente de Spearman. RESULTADOS: Foram incluídos no estudo 26 pacientes, sendo 57,7% (15) do sexo feminino, com idade média de 37,2±12,9 anos. Foi observado que 56% (14) dos pacientes foram mobilizados em menos de 24 horas de internação da UTI e aqueles que não foram mobilizados durante o internamento tiveram como justificativa a restrição médica. Não houve correlação entre o escore funcional da MIF na alta com o tempo de internação na UTI (r= 0,3 p=0,11). CONCLUSÃO: A prática de retirada do leito foi iniciada dentro das 24 horas de internação na UTI, evidenciando um perfil de pacientes com independência funcional modificada ou completa na alta, entretanto sem correlação com o tempo de internação na UTI.