Retração de cintura escapular em recém-nascidos internados em uma Unidade de Cuidados Intermediários

Autores

DOI:

https://doi.org/10.17267/2238-2704rpf.v11i1.3369

Palavras-chave:

Recém-nascido. Anormalidades Musculoesqueléticas. Hospitalização. Escápula.

Resumo

INTRODUÇÃO: As unidades de cuidados neonatais dispõem de altos recursos tecnológicos que aliados ao avanço da ciência visam garantir a sobrevida de recém-nascidos (RNs). Entretanto, o internamento expõe os RNs a variados estímulos que associados a assistência inadequada, podem favorecer o surgimento de alterações posturais.  OBJETIVO: Investigar a frequência dos sinais sugestivos de retração de cintura escapular em RNs que necessitaram de internamento. MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo observacional, quantitativo e longitudinal, realizado com 16 RNs, internados na Unidade de Cuidados Intermediários (UCI) de um hospital estadual, localizado na cidade de cidade de Salvador, Bahia, no ano de 2019. Os dados foram coletados por meio de medidas das escápulas, sinal do cachecol, protocolo de inspeção biomecânica e prontuários. RESULTADOS: Sete (43,7%) RNs apresentaram sinais sugestivos de retração de cintura escapular. Seis (37,5%) apresentaram sinal do cachecol positivo e apenas um (6,3%) apresentou simultaneamente os sinais de abdução de membros superiores, adução escapular, sinal do cachecol positivo e redução das medidas das escápulas em relação à coluna ao longo do internamento. A comparação entre a diferença do maior e do menor valor das medidas das escápulas, com o sinal do cachecol, não foi estatisticamente significante. Porém, aqueles que apresentaram sinal do cachecol positivo e/ou diminuição das medidas atingiram valores máximos de dias de internamento. CONCLUSÃO: Os sinais sugestivos de retração de cintura escapular estiveram presentes em quase metade da amostra. Importante salientar que esses achados traduzem as características específicas da população do estudo, considerando suas limitações.

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Biografia do Autor

  • Josiane Silva Gomes, Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
    Fisioterapeuta graduada na Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Departamento de Ciências da Vida (DCV).
  • Tatiane Falcão dos Santos Albergaria, Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
    Doutoranda e Mestre (2016) em Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas/ICS-UFBa; Especialista em Fisioterapia em Terapia Intensiva, com área de atuação em Neonatologia e Pediatria, reconhecido pelo COFFITO/ASSOBRAFIR. Possui graduação em Fisioterapia pelo Centro Universitário da Bahia (2006.1) e Pós-graduação em Pneumofuncional pela Faculdade Social da Bahia (2012). Atualmente é docente da Universidade do Estado da Bahia (UNEB).
  • Carmen Júlia Del Rey Villa Flor, Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), Departamento: Coordenação de Fisioterapia
    Graduada em Fisioterapia pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública pela EBMSP (2000). Pós graduada em Metodologia do Ensino, Pesquisa e Extensão em educação pela UNEB (2006). Pós graduada em fisioterapia pediátrica e neonatal pela ATUALIZA (2012). 
  • Elzo Pereira Pinto Júnior, Pós-Doutorando em Epidemiologia, CIDACS-Fiocruz/BA
    Doutor em Saúde Pública. Pós-Doutorando no Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para a Saúde (CIDACS) - Instituto Gonçalo Moniz - Fiocruz/BA. 
  • Iana Monteiro Lima Gomes, Hospital Geral Roberto Santos (HGRS)
    Possui graduação em Fisioterapia pela Universidade Católica do Salvador (2004.2) e Especialização em Fisioterapia Pneumo Funcional pela Universidade Gama Filho (2006). Atualmente presta assistência fisiotarapêutica a recém nascisos na UTI e Semi-intensiva Neonatal do Hospital Geral Roberto Santos (HGRS) 

Publicado

13.01.2021

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

1.
Gomes JS, dos Santos Albergaria TF, Villa Flor CJDR, Pinto Júnior EP, Lima Gomes IM. Retração de cintura escapular em recém-nascidos internados em uma Unidade de Cuidados Intermediários. Rev Pesq Fisio [Internet]. 13º de janeiro de 2021 [citado 21º de novembro de 2024];11(1):96-105. Disponível em: https://journals.bahiana.edu.br/index.php/fisioterapia/article/view/3369

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