Estresse ocupacional em mulheres trabalhadoras: estudo de correlatos individuais, familiares e ocupacionais

Autores

  • Isadora Pinho Plácido Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP)
  • Carolina Villa Nova Aguiar Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP)

DOI:

https://doi.org/10.17267/2317-3394rpds.v7i3.2172

Palavras-chave:

Estresse Ocupacional. Mulheres. Família.

Resumo

INTRODUÇÃO: O estresse ocupacional pode ser compreendido como um conjunto de inquietações psicológicas ou sofrimentos psíquicos vinculados às vivências de trabalho. OBJETIVO: identificar variáveis individuais, familiares e ocupacionais que estabeleçam relação com o estresse ocupacional em mulheres. MÉTODO: A amostra foi composta por 75 mulheres de diferentes ocupações e organizações. Foram aplicadas a versão resumida da Job Stress Scale, a Escala de Políticas e Práticas de Recursos Humanos e duas escalas sobre as interfaces trabalho-família. Para a análise dos dados, foram utilizadas estatísticas descritivas para a caracterização geral e, em seguida, análises de correlação de Pearson para a verificação das relações estabelecidas entre o estresse ocupacional e as demais variáveis do estudo. RESULTADOS: a média de estresse ocupacional das mulheres que participaram do estudo pode ser classificada como moderada (M=2,12; DP=0,36). Nas correlações, observou-se que, entre as variáveis pessoais investigadas, a escolaridade foi a única que apresentou resultado significativo (r =-0,260, p<0,05). Em relação às variáveis familiares, nota-se que ambas as dimensões do conflito trabalho-família apresentaram correlações estatisticamente significativas entre o estresse ocupacional (r=0,492 e 0,278, para interferência trabalho-família e interferência família-trabalho, respectivamente, p<0,01). Por fim, dentre as variáveis organizacionais contempladas no estudo, as práticas de RH que visam à promoção de envolvimento do trabalho e o oferecimento de boas condições de trabalho apresentaram correlações negativas e significativas com o estresse ocupacional (r=0,618 e 0,321, respectivamente, p<0,01). CONCLUSÃO: variáveis que envolvem a percepção apresentaram relações mais importantes com o estresse ocupacional do que variáveis mais concretas.

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Biografia do Autor

  • Carolina Villa Nova Aguiar, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP)
    Doutora em Psicologia pela Universidade Federal da Bahia, na linha de pesquisa Indivíduo e Trabalho: processos microorganizacionais. Mestre em Psicologia pela Universidade Federal da Bahia (2012). Graduada em Psicologia pela Universidade Federal da Bahia (/2009) e em Administração de Empresas pela Faculdade Ruy Barbosa - Devry (2015). Pesquisadora no Núcleo de Estudos em Processos Psicossociais e Trabalho (NEPPT/EBMSP) e membro do Grupo de Pesquisa Indivíduo, Organização e Trabalho (UFBA). Professora Assistente no curso de psicologia da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP). Áreas de interesse de pesquisa: Interfaces entre o trabalho e a família; Vínculos organizacionais; Cultura organizacional; Indicadores de saúde mental e adoecimento do trabalhador.

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Publicado

30.11.2018

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Plácido, I. P., & Aguiar, C. V. N. (2018). Estresse ocupacional em mulheres trabalhadoras: estudo de correlatos individuais, familiares e ocupacionais. Revista Psicologia, Diversidade E Saúde, 7(3), 414-422. https://doi.org/10.17267/2317-3394rpds.v7i3.2172

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