Homofobia no futebol masculino: revisão narrativa de literatura

Autores

DOI:

https://doi.org/10.17267/2317-3394rpds.v9i2.2817

Palavras-chave:

Homofobia. Masculinidades. Futebol. Esporte.

Resumo

INTRODUÇÃO: O Brasil é conhecido como o país do futebol, que é um campo de encontro de masculinidades regidas pela norma heterossexual, onde dissidentes desse aspecto podem ser marginalizados nesse espaço. OBJETIVO: Dessa forma, este estudo objetivou discutir a homofobia no contexto do futebol. MÉTODOS: Metodologicamente, esta é uma revisão narrativa da literatura, onde foram analisados 6 artigos, 5 em português e 1 em inglês, publicados entre 2012-2018 indexados nas bases de dados Scielo, PEPSIC, BVS e Capes. Os dados coletados foram analisados a partir da elaboração de um protocolo de revisão e posteriormente a partir da técnica Análise de Conteúdo. RESULTADOS: Os resultados foram compilados em cinco categorias:  1) Futebol como contexto de performatividade de masculinidade; 2) Homossexuais no futebol; 3) A homossociabilidade no futebol; 4) Os estádios, a torcida, a linguagem e a mídia; 5) Torcidas queers e inclusão, que discutiram que o futebol é um contexto de performatividade da masculinidade hegemônica do projeto heterossexual, onde homossexuais tem sua participação limitada e/ou banida. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Caso desejem participar do esporte, homossexuais precisam se adequar a norma heterossexual, geralmente permanecendo no armário. É permitida a homossociabilidade no futebol como forma de amor ao time e a linguagem é usada como meio onde a violência homofóbica é expressada, mas admite-se que mudanças nesse cenário estão ocorrendo, ainda que a passos lentos, possibilitando a proposta de masculinidades inclusivas. Conclui-se que o futebol representa bem mais do que um esporte, mas um jogo político e um dispositivo da sexualidade, que regula as relações de gênero entre homens.

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Biografia do Autor

  • Daniel Cerdeira De Souza, Universidade Federal de Santa Catarina
    Doutorando em Psicologia pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC/2019-2023). Mestre em Psicologia pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM/2016-2018). Especialista em Terapia Cognitivo Comportamental pela UNIFIA (2016-2017). Graduado em Psicologia pelo Centro Universitário do Norte (2011-2015), lotado no Conselho Regional de Psicologia (CRP/20) sob o registro profissional 20/06816. Foi membro do grupo de pesquisa Subjetividades, Povos Amazônicos e Processos de Desenvolvimento Humano do Laboratório de Desenvolvimento Humano e Educação - UFAM. Também foi membro da Associação Brasileira de Psicologia - ABRAPSO. Atualmente é membro do Núcleo MARGES - Modos de vida, família e relações de gênero da UFSC. Possui experiencia nas áreas de Psicologia clínica (consultório particular), Psicologia organizacional (atuando em recursos humanos de empresas) e como professor de ensino superior pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA). Co-orienta projetos de iniciação científicas na UFAM (PIBIC). Orienta trabalhos de conclusão de curso na Especialização em Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas (UEA). Seu interesse de pesquisa é voltado para as demandas de gênero e sexualidade nos quesitos masculinidade e violência, orientações sexuais, famílias, juventude e direitos LGBT's.

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Publicado

18.06.2020

Edição

Seção

Estudos Teóricos

Como Citar

Homofobia no futebol masculino: revisão narrativa de literatura. (2020). Revista Psicologia, Diversidade E Saúde, 9(2), 222-231. https://doi.org/10.17267/2317-3394rpds.v9i2.2817

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