Mudanças de hábitos e saúde dos estudantes após ingresso na universidade
DOI:
https://doi.org/10.17267/2317-3394rpds.v10i2.3443Palavras-chave:
Hábitos. Estudantes universitários. Ensino superior.Resumo
INTRODUÇÃO: O aumento de publicações sobre a vida do estudante do Ensino Superior demonstra o interesse crescente da comunidade científica sobre o tema. Tais estudos apontam para alterações na saúde dessa população após ingresso nesse nível de ensino. OBJETIVO: Investigar mudanças nos hábitos de vida dos estudantes que ingressam na universidade e o impacto em sua saúde física e mental. MÉTODOS: Foi adotada uma pesquisa qualitativa, com o uso de entrevista semiestruturada, aplicada em oito estudantes. Os dados foram analisados mediante análise de conteúdo, o que resultou em três categorias temáticas: Mudanças nos hábitos (alimentação, sono, atividades físicas, lazer e descanso); Impactos (físicos e mentais); Determinantes envolvidos na formação de novos hábitos (socioeconômicos, acadêmicos, familiares e afetivos e outros). RESULTADOS: A alimentação foi uma das dimensões que mais apresentou alterações, assim como o sono. Quanto aos impactos físicos, foram apontadas dores musculares, cefaleias tensionais, enxaquecas e agravamento de distúrbios, como gastrite. Nos impactos mentais, registrou-se os sintomas de estresse, cansaço, desmotivação e sentimentos de solidão, impotência, isolamento, desejo de desistir e agravamento de sofrimentos psíquicos já existentes, como depressão e ansiedade. Os determinantes mais frequentes foram os sociais, que abrangem as condições socioeconômicas dos estudantes, seguido dos educacionais, que abrangem o ambiente acadêmico. CONCLUSÃO: A experiência no Ensino Superior, neste caso, na universidade, provoca mudanças nos hábitos dos estudantes após ingresso, o que resulta em impactos em sua saúde, e sugere a necessidade de se repensar as formas de seu funcionamento.