A cura em psicanálise: efeitos orgânicos e subjetivos de uma análise

Autores

  • Fernanda Sanches de Sousa Centro Universitário Filadélfia (Londrina). Paraná, Brasil. http://orcid.org/0000-0001-7773-0536
  • Marco Correa Leite Centro Universitário Filadélfia (Londrina). Paraná, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.17267/2317-3394rpds.v10i3.3809

Palavras-chave:

Psicanálise, Saúde mental, Tratamento, Eficácia

Resumo

INTRODUÇÃO: O presente artigo é fruto de uma revisão bibliográfica com o intuito de evidenciar os efeitos do tratamento psicanalítico, não apenas enquanto algo da ordem do reportado pelos pacientes, mas também enquanto algo que pode ser mensurado a partir de alterações bioquímicas verificadas durante e após o tratamento psicanalítico. OBJETIVOS: Verificar se a psicanálise pode ter seus efeitos cientificamente mensuráveis para além dos relatos dos pacientes e dos analistas e, em último caso, apontar para uma possível eficácia do tratamento com relação às psicopatologias contemporâneas. MÉTODO: Pesquisa bibliográfica sistemática de artigos científicos, publicados de 2008 até a presente data, que demonstravam os efeitos verificáveis de uma análise nos pacientes, sejam alterações funcionais ou bioquímicas. RESULTADOS: Foram encontradas inúmeras evidências dos efeitos de um trabalho psicanalítico no decorrer do tratamento, e também, após o término do mesmo. CONCLUSÃO: Com este estudo foi possível verificar que a psicanálise é efetiva para uma série de transtornos mentais e que pode ser o tratamento padrão ouro, quando respeitados os devidos cuidados com relação à formação dos analistas. Novas pesquisas devem ser realizadas, fazendo um comparativo mais amplo entre a psicanálise e outras modalidades no campo da saúde mental.

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Biografia do Autor

  • Fernanda Sanches de Sousa, Centro Universitário Filadélfia (Londrina). Paraná, Brasil.

     

     

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Publicado

24.09.2021

Edição

Seção

Estudos Teóricos

Como Citar

A cura em psicanálise: efeitos orgânicos e subjetivos de uma análise. (2021). Revista Psicologia, Diversidade E Saúde, 10(3), 484-495. https://doi.org/10.17267/2317-3394rpds.v10i3.3809

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