A mulher em vulnerabilidade social e a relação com a violência familiar

Autores

DOI:

https://doi.org/10.17267/2317-3394rpds.2023.e4821

Palavras-chave:

Vulnerabilidade, Violência Contra Mulher, Relações Familiares

Resumo

INTRODUÇÃO: A vulnerabilidade feminina e a violência contra a mulher são temas recorrentes e inesgotáveis, que permeiam a humanidade, que se conceitua como patriarcal desde seus primórdios. Partindo disso, o presente artigo tem como objetivo refletir sobre a condição de mulheres em situação de vulnerabilidade social e sua relação com o fenômeno da violência familiar. MÉTODO: O percurso metodológico adotado se caracteriza a partir de um estudo exploratório do tipo observacional descritivo. Para a coleta de dados selecionou-se uma amostra não probabilística, intencional de 100 trabalhadoras de uma empresa multinacional do interior do estado do Rio Grande do Sul. Essas responderam espontaneamente a um questionário. Em seguida, foi realizada uma entrevista grupal (grupo focal em 10 encontros), com seis trabalhadoras que aceitaram participar. CONCLUSÃO: A partir desse estudo, verificou-se que as mulheres trabalhadoras em situação de vulnerabilidade social possuem algumas características comuns, entre elas: baixa escolaridade, poucas condições financeiras, construção familiar desestruturada, além de pouca compreensão sobre o contexto da violência familiar e seu enfrentamento.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Adames, B., Bonfíglio, S. U., & Becker, A. P. S. (2018). Acolhimento psicológico para mulheres vítimas de violência conjugal [Psychological shelter for women victims of marital violence]. Revista Pesquisas e Práticas Psicossociais, 13(2), 1–12. http://www.seer.ufsj.edu.br/index.php/revista_ppp/article/view/2980

Aguiar, N. F. (2015). Patriarcado. In E. Fleury-Teixeira, & S. N. Meneghel (Orgs.), Dicionário feminino da infâmia: acolhimento e diagnóstico de mulheres em situação de violência [Feminine dictionary of infamy: care and diagnostico of women in violent circumstances] (pp. 270-272). Editora Fiocruz.

Andrade, A. R. G., & Souza, T. G. P. (2021). O impacto da violência doméstica na vida da mulher que exerce o trabalho remoto em tempos de pandemia de covid-19 [The impact of domestic violence on the life of women who perform remote work in times of pandemic covid-19] [TCC de Graduação e Especialização, UNA]. Repositório Universitário da Ânima. https://repositório.animaeducacao.com.br

Arboit, J., Costa, M. C., Silva, E. B., Colomé, I. C. S., & Prestes, M. (2018). Domestic violence against rural women: care practices developed by community health workers. Saúde e Sociedade, 27(2), 506-517. https://doi.org/10.1590/S0104-12902018169293

Bandeira, L. M. (2014). Violência de gênero: a construção de um campo teórico e de investigação [Gender-based violence: the construction of a theoretical and investigative field]. Sociedade e Estado, 29(2), 449-469. https://doi.org/10.1590/S0102-69922014000200008

Bauermann, A. C., & Lutinski, J. A. (2022). Vulnerabilidades associadas às mulheres agricultoras familiares em municípios da região oeste de Santa Catarina [Vulnerabilities associated to familial farmer women in municipalities in the West region of Santa Catarina]. Saúde (Santa Maria), 47(1), e66352. https://periodicos.ufsm.br/revistasaude/article/view/66352

Carmo, M. E., & Guizardi, F. L. (2018). The concept of vulnerability and its meanings for public policies in health and social welfare. Cadernos de Saúde Pública, 34(3), e00101417. https://doi.org/10.1590/0102-311X00101417

Chagas, E. R., Oliveira, F. V. A., & Macena, R. H. M. (2022). Mortality from violence against women before and during the Covid-19 pandemic. Ceará, 2014 to 2020. Saúde em Debate, 46(132), 63-75. https://doi.org/10.1590/0103-1104202213204

Corrêa, M. D., Moura, L., Almeida, L. P., & Zirbel, I. (2021). Intersectional experiences of violence in a vulnerable and peripheral territory. Saúde e Sociedade, 30(2), e210001. https://doi.org/10.1590/S0104-12902021210001

Durand, M. K., Heideman, I. T. S. B., Rumor, P. C. F., Vendrusoclo, C., Belaunde, A. M. A, & Souza, J. B. (2021). Possibilities and challenges for women's empowerment: perspectives of women in social vulnerability. Escola Anna Nery, 25(5), e20200524. https://doi.org/10.1590/2177-9465-EAN-2020-0524

Falcke, D., Oliveira, D. Z., Rosa, L. W., & Bentancur, M. (2009). Conjugal violence: an interactional phenomenon. Contextos Clínicos, 2(2), 81-90. http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-34822009000200002

Ferreira, P. C., Batista, V. C., Pesce, G. B., Lino, I. G. T., Marquete, V. F., & Marcon, S. S. (2020). Characterization of cases of violence against women. Revista de Enfermagem UFPE on line, 14. https://doi.org/10.5205/1981-8963.2020.243583

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). (2020, 16 de julho). Em média, mulheres dedicam 10,4 horas por semana a mais que os homens aos afazeres domésticos ou ao cuidado de pessoas [On average, women dedicate 10,4 more hours per week than men towards domestic chores or people care]. Editoria: Estatísticas Sociais. https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/27877-em-media-mulheres-dedicam-10-4-horas-por-semana-a-mais-que-os-homens-aos-afazeres-domesticos-ou-ao-cuidado-de-pessoas

Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). (2019, 15 de março). Mulheres ganham 76% da remuneração dos homens [Women gain 76% of men’s renumeration]. IPEA. https://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=34627

Lei nº 11.340 de 07 de agosto de 2006. (2006). Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8º do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; altera o Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de Execução penal; e dá outras providências [Creates mechanisms for curbing domestic and familial violence against women, in the terms of the § 8º of art. 226 of the Federal Constitution, of the Convention on the Elimination of All Forms of Discrimination against Women and the Inter-American Convention to Prevent, to Punish and to Eradicate the Violence Against Women; stabilishes on the creation of the Courts of Domestic and Familial Violence against Women, alters the Penal Process Stature, the Penal Stature and the Law of Penal Execution; and grants other providences]. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11340.htm

Lemos, R. F. S., & Kind, L. (2017). Women and motherhood: possible faces. Estudos E Pesquisas Em Psicologia, 17(3), 840–859. http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S1808-42812017000300003&lng=pt&nrm=iso

Montenegro, R.C.F. (2017). Idosos em situação de dependência: quem cuida? Elementos para o debate [Older people in a situation of dependency: who takes care? Elements for debating] [Tese de Doutorado, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo]. Repositório PUCSP. https://sapientia.pucsp.br/handle/handle/20240

Martins, T. O., & Costa, J. F. A. (2022). Conceptions of workers of Community Mental Health Centers about citizenship promotion. Revista Psicologia, Diversidade E Saúde, 11, e4054. https://doi.org/10.17267/2317-3394rpds.2022.4054

Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). (2022, 29 de junho). Violência contra as mulheres [Violence against women]. Tópicos website OPAS. https://www.paho.org/pt/topics/violence-against-women

Pataro, R. F., & Calsa, G. C. (2020). The focus group in social science research: questions about group’s size, composition and location. Revista Ciências Sociais, 56(1), 01-12. https://doi.org/10.4013/csu.2020.56.1.01

Saffioti, H. I. B. (1999). Já se mete a colher em briga de marido e mulher [Sticking a nose on a husband-and-wife fight]. São Paulo em Perspectiva, 13(4), 82-91. https://doi.org/10.1590/S0102-88391999000400009

Saffioti, H. I. B. (2015). Gênero, Patriarcado e Violência [Gender, Patriarchy and Violence] (2ª ed.). Expressão Popular; Fundação Perseu Abramo. https://fpabramo.org.br/publicacoes/wp-content/uploads/sites/5/2021/10/genero_web.pdf

Zanello, V. (2018). Saúde mental, gênero e dispositivos: cultura e processos de subjetivação [Mental health, gender and ways to act: culture and processes of subjectivation]. Appris Editora.

Zirbel, I. (2020). Cuidado, masculinidades e responsabilidade social [Care, masculinities and social responsability]. Revista Mais que Amélias, 7, 1-24. https://8817bea9-051e-4071-aa02-bb0ea330c83e.filesusr.com/ugd/cafbb5_eaafd0741c0f4d4899b325efeaaedabc.pdf

Publicado

14.07.2023

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Ávila, J. da S., & Areosa, S. V. C. (2023). A mulher em vulnerabilidade social e a relação com a violência familiar. Revista Psicologia, Diversidade E Saúde, 12, e4821. https://doi.org/10.17267/2317-3394rpds.2023.e4821

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 > >>