A sexualidade de mulheres em cuidados paliativos oncológicos: percepções e atuação de profissionais da saúde
DOI:
https://doi.org/10.17267/2317-3394rpds.2025.e6183Palavras-chave:
Cuidados Paliativos, Sexualidade, Neoplasias, Mulheres, Pessoal de SaúdeResumo
RESUMO | INTRODUÇÃO: Os cuidados paliativos (CP) são uma modalidade de cuidado em saúde que busca, por meio da abordagem integral e multidisciplinar, promover qualidade de vida a pessoas que convivem com doenças ameaçadoras da vida. A sexualidade, enquanto dimensão da saúde humana, deve ser contemplada no contexto paliativo, mas estigmas e despreparo dificultam a atuação desses profissionais. OBJETIVO: Conhecer como a vivência da sexualidade de mulheres em CP oncológicos é percebida e abordada por profissionais paliativistas. MÉTODO: Trata-se de uma pesquisa qualitativa, de caráter descritivo e exploratório. Para coleta de dados, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com quatro profissionais de saúde: enfermeira, médico, psicóloga e terapeuta ocupacional. As respostas foram transcritas, submetidas à análise temática e organizadas em quatro categorias, sempre pela perspectiva dos profissionais: 1) abordagem da sexualidade durante a formação dos profissionais paliativistas; 2) comunicação sobre sexualidade em CP oncológicos; 3) experiência da sexualidade de mulheres em CP oncológicos e, 4) relacionamento das pacientes com seus parceiros. RESULTADOS: Verificou-se que a sexualidade é altamente negligenciada tanto na formação acadêmica quanto no atendimento a mulheres em CP oncológicos, o que dificulta a identificação de dúvidas, queixas e situações de violência conjugal. Essa lacuna vulnerabiliza as pacientes ao sofrimento social, emocional e físico, comprometendo sua qualidade de vida. CONCLUSÃO: A educação permanente dos profissionais deve ser somada ao estabelecimento de vínculo terapêutico e à adoção de uma comunicação ativa, acessível e acolhedora com essas mulheres e sua rede de apoio, como ferramentas imprescindíveis ao cuidado integral e humanizado.
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