Autoeficácia parental: diferenças entre homens e mulheres na criação dos filhos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.17267/2317-3394rpds.2023.e5151

Palavras-chave:

Autoeficácia, Percepção de autoeficácia, Criação de filhos

Resumo

OBJETIVO: Identificar a percepção de autoeficácia em papéis de gênero masculino e feminino e quais diferenças poderiam existir em relação à criação dos filhos. MÉTODO: A abordagem quantitativa foi utilizada como escolha para a análise do estudo; participaram 200 pais, sendo 107 mães e 93 pais, com idade de 21 a 40 anos, com filhos em idade de 0 a 3 anos. Com o estudo aprovado na Comissão de Ética de Pesquisa da Plataforma Brasil, os participantes responderam, além de questões sociodemográficas, a escala de autoeficácia parental (The Self-efficacy for Parenting Tasks Índex – Toddler Scale). RESULTADOS: Observou-se que as mães têm percepção de autoeficácia diferente dos pais; enquanto para elas houve um peso maior nas dimensões responsividade empática, ensino e cuidados práticos, para eles as dimensões proteção e disciplina e estabelecimento de limites foram as que mais escore obtiveram. CONCLUSÃO: A pesquisa confirma o que já foi encontrado em outros estudos que demonstram a previsibilidade de atitudes de pais e mães, que podem estar relacionadas à cultura e a um comportamento socialmente construído; apesar da limitação de não ter analisado diferenças na perspectiva de gênero, espera-se que essa pesquisa possa contribuir em práticas educativas e psicológicas diferentes para ambos os grupos.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Bandura, A. (1993). Perceived self-efficacy in cognitive development andf unctioning [Autoeficacia percibida en el desarrollo y la función cognitive]. Educational Psyclologist, 28(2), 117–148. https://doi.org/10.1207/s15326985ep2802_3

Bandura, A., Azzi, R. G., & Polydoro, S. (2008). Teoria social cognitiva: conceitos básicos [Teoría social cognitiva: conceptos básicos]. Editora Artmed.

Braide, A. S. G., Brilhante, A. V., Arruda, C. N., Mendonça, F. A. C., Caldas, J. M. P., Nations, M. K., Diógenes, K. C. B. M., & Amorin, R. F. (2018). Sou homem e pai sim! (Re)construindo a identidade masculina a partir da participação no parto [¡Sí, soy hombre y padre! (Re)construir la identidad masculina a través de la participación en el parto]. Revista Panamericana de Salud Pública, 42, e190. https://doi.org/10.26633/RPSP.2018.190

Braz, M. P., Dessen, M. A., & Silva, N. L. P. (2005). Relações conjugais e parentais: uma comparação entre famílias de classes sociais baixa e média [Relaciones matrimoniales y parentales: una comparación entre familias de clases sociales medias y bajas]. Psicologia: Reflexão e Crítica, 18(2), 151–161. https://doi.org/10.1590/S0102-79722005000200002

Brites, R., & Nunes, O. (2015, Febrero 4–6). Uma nova escala de autoeficácia parental: estudos sobre validação [Una nueva escala de autoeficacia parental: estudios de validación]. Actas do VII Simpósio Nacional de Investigação em Psicologia, Minho, Portugal. https://www.researchgate.net/publication/264883381

Bronfenbrenner, U. (1996). A ecologia do desenvolvimento humano: experimentos naturais e planejados [La ecología del desarrollo humano: experimentos naturales y diseñados]. Artmed.

Coleman, P. K., & Karraker, K. H. (2000). Parenting Self‐Efficacy Among Mothers of School‐Age Children: Conceptualization, Measurement, and Correlates [Autoeficacia parental entre madres de niños en edad escolar: conceptualización, medición y correlaciones]. Family Relations, 49(1), 13–24. https://psycnet.apa.org/doi/10.1111/j.1741-3729.2000.00013.x

Correia, C. S. L. (2008). O papel do apoio social na percepção de auto-eficácia parental de mães separadas [El papel del apoyo social en la percepción de autoeficacia parental de madres separadas]. [Dissertação de mestrado, Universidade de Lisboa]. Repositório ULisboa. https://repositorio.ul.pt/handle/10451/768

Cotrim, D. M. S., & Costa Neto, S. B. (2021). Estudos sobre a percepção de autoeficácia parental: uma revisão de literatura [Estudios sobre la percepción de la autoeficacia parental: una revisión de la literatura]. Revista Subjetividad y Procesos Cognitivos, 25(1), 23–46. https://publicacionescientificas.uces.edu.ar/index.php/subyprocog/article/view/1162

Cotrim, D. M. S., & Formiga, N. S. (2021). Verificação da estrutura fatorial, invariância e diferenças da escala de autoeficácia parental em pais separados [Verificación de la estructura factorial, invariancia y diferencias de la escala de autoeficacia parental en padres separados]. Research, Society and Development, 10(4), e19610413649. https://doi.org/10.33448/rsd-v10i4.13649

Faul, F., Erdfelder, E., Lang. A. G., & Buchner, A. (2007). Power 3: a flexible statistical power analysis program for the social, behavioral, and biomedical sciences. [Power 3: un programa flexible de análisis de poder estadístico para las ciencias sociales, del comportamiento y biomédicas]. Behavior Research Methods, 39(2), 175–191. https://doi.org/10.3758/bf03193146

Ferreira, B., Monteiro, L., Fernandes, C., Cardoso, J., Veríssimo, M., & Santos, A. J. (2014). Percepção de Competência Parental: Exploração de domínio geral de competência e domínios específicos de auto-eficácia, numa amostra de pais e mães portuguesas [Percepción de la competencia parental: exploración del dominio general de competencia y dominios específicos de autoeficacia, en una muestra de padres y madres portugueses]. Análise Psicológica, 32(2), 145–156. https://doi.org/10.14417/ap.854

Ferreira, M. C. (2004). Sexismo hostil e benevolente: interrelações e diferenças de gênero [Sexismo hostil y benevolente: interrelaciones y diferencias de género]. Temas em Psicologia, 12(2), 119–126. http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-389X2004000200004&lng=pt&tlng=pt

Kabiyea, F., & Manor-Binyamini, I. (2019). The relationship between stress and stigma, somatization and parental self-efficacy among fathers of adolescents with developmental disabilities in the Bedouin community in Israel [La relación entre estrés y estigma, somatización y autoeficacia parental entre padres de adolescentes con discapacidades del desarrollo en la comunidad beduina de Israel]. Research in developmental disabilities, 90, 31-40. https://doi.org/10.1016/j.ridd.2019.04.004

Kim, P., Dufford, A. J. & Tribble, R. C. Cortical thickness variation of the maternal brain in the first 6 months postpartum: associations with parental self-efficacy [Variación en el espesor cortical cerebral materno en los primeros 6 meses posparto: asociaciones con la autoeficacia de los padres]. Brain Struct Funct, 223, 3267– 3277 (2018). https://doi.org/10.1007/s00429-018-1688-z

Lavenda, O., & Kestler-Peleg, M. (2017). Parental self-efficacy mitigates the association between low spousal support and stress [La autoeficacia de los padres mitiga la asociación entre el bajo apoyo conyugal y el estrés]. Psychiatry research, 256, 228-230. https://doi.org/10.1016/j.psychres.2017.06.060

Marcon, S. S., & Elsen, I. (2002). Um estudo trigeracional sobre a experiência de famílias ao criarem seus filhos [Un estudio trigeneracional sobre la experiencia de las familias en la crianza de sus hijos]. Revista Ciência Cuidado e Saúde, 1(1), 111–116. https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/CiencCuidSaude/article/view/5662

Meunier, J., & Roskam, I. (2009). Self-efficacy beliefs amongst parentes of young children: Validation of a self report measure [Crença de autoeficácia entre pais de crianças pequenas: Validação de uma medida de auto-relato]. Journal of Child & Family Studies, 18, 495-511. https://www.doi.org/10.1007/s10826-008-9252-8

Nader, M. B., & Caminoti, J. M. (2014, Julio 28–Agosto 1). Gênero e poder: a construção da masculinidade e o exercício do poder masculino na esfera doméstica [Género y poder: la construcción de la masculinidad y el ejercicio del poder masculino en el ámbito doméstico]. Anais do 16° Encontro Regional de História da ANPUH-RIO: Saberes e Práticas Científicas. https://www.encontro2014.rj.anpuh.org/resources/anais/28/1400262820_ARQUIVO_Generoepoderaconstrucaodamasculinidadeeoexerciciodopodermasculinonaesferadomestica.pdf

Negreiros, T. C. G. M. & Féres-Carneiro, T. (2004). Masculino e feminino na família contemporânea [Masculino y femenino en la familia contemporânea]. Estudos e Pesquisas em Psicologia, 4(1), 34–47. http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-42812004000100004&lng=pt&tlng=pt

Pajares, F. (1997). Current directions in selfefficacy research [Direcciones actuales en la investigación de la autoeficacia]. In M. Maehr, & P. R. Pintrich (Eds.), Advances in motivation and achievement (Vol. 10, p. 149). JAI Press.

Pasquali, L. (2011). Psicometria: Teoria dos testes na psicologia e na educação [Psicometría: Teoría de los tests en psicología y educación]. (4a ed.). Vozes.

Quissini, C., & Coelho, L. R. M. (2014). A influência das famílias de origem nas relações conjugais [La influencia de las familias de origen en las relaciones matrimoniales]. Pensando Familias, 18(2), 34–47. http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-494X2014000200004&lng=pt&tlng=pt

Resolução n° 016/2000, de 20 de dezembro de 2000. (2000). Dispõe sobre a realização de pesquisa em Psicologia com seres humanos [Prevé la realización de investigaciones en Psicología con seres humanos]. https://atosoficiais.com.br/cfp/resolucao-de-fiscalizacao-e-orientacao-n-16-2000-dispoe-sobre-a-realizacao-de-pesquisa-em-psicologia-com-seres-humanos?origin=instituicao&q=016/2000

Resolução nº 466/2012, de 12 de dezembro de 2012. (2012). Aprova diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos [Aprueba lineamientos y normas regulatorias para investigaciones con seres humanos]. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/cns/2013/res0466_12_12_2012.html

Romagnoli, R. C. (2018). As relações entre as famílias e a equipe do CRAS [Relaciones entre las familias y el equipo CRAS]. Fractal: Revista de Psicologia, 30(2), 214–222. https://doi.org/10.22409/1984-0292/v30i2/5516

Rosa, L. C. S. (2011). Transtorno mental e o cuidado na família [Trastorno mental y atención familiar]. (3a ed.). Editora Cortez.

Rosa, M., & Orey, D. C. (2012). O campo de pesquisa em etnomodelagem: as abordagens êmica, ética e dialética [El campo de investigación en etnomodelamiento: los enfoques emic, etic y dialéctico]. Educação e Pesquisa, 38(04), 865–879. https://doi.org/10.1590/S1517-97022012000400006

Scribel, M. C., & Sana, M. R. (2004). A relação entre a terapia cognitivo-acomportamental e sistêmica no tratamento de casais [La relación entre la terapia cognitivo-conductual y sistémica en el tratamiento de pareja]. In R. M. Caminha, R. Weiner, M. Oliveira, & N. M. Piccoloto (Orgs.). Psicoterapias Cognitivo-Comportamentais (pp. 221&–237). Casa do Psicólogo.

Shaughnessy, J., & Macgraw H. J. (2012). Metodologia de pesquisa em psicologia [Metodología de la investigación en psicologia]. (9a ed.). AMG Editora.

Tristão, R. M., Neiva, E. R., Barnes, C. R., & Macedo, E. A. (2015). Validação da escala de percepção de autoeficácia da parentalidade materna em amostra brasileira [Validación de la escala de percepción de autoeficacia parental materna en una muestra brasileña]. Journal of Human Growth and Development, 25(3), 282–281. https://doi.org/10.7322/jhgd.96759

Vieira, E. N., & Souza, L. (2010). Guarda paterna e representações sociais de paternidade e maternidade [Custodia paterna y representaciones sociales de paternidad y maternidade]. Análise Psicológica, 28(4), 581–596. http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82312010000400003&lng=pt&tlng=pt

Publicado

22.11.2023

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Cotrim, D. M. S., Pereira, E. B. F., & da Costa Neto, S. B. (2023). Autoeficácia parental: diferenças entre homens e mulheres na criação dos filhos. Revista Psicologia, Diversidade E Saúde, 12, e5151. https://doi.org/10.17267/2317-3394rpds.2023.e5151