INTERNET E RELIGIÃO: O CANDOMBLÉ DE YOUTUBE

Resumen

Objetivo: Este texto defende que a internet democratizou a dinâmica das relações humanas e, mais especificamente, da cultura religiosa. O canal Youtube é um modo de consagração e radicalização do modelo democrático virtual, na medida em que as religiões, inclusive a Umbanda e o Candomblé, participam, promovem-se e se potencializam através da exposição de vídeos. Métodos: Os vídeos de entrevistas, testemunhos, festas religiosas, músicas e ritos no site Youtube  são analisados sob enfoque filosófico e sócio-político de teóricos da comunicação como  Pierry Levy, Muniz Sodré, J. Burguess, os quais contribuem nas reflexões sobre virtualização, mídia, informação, cultura e sociedade; autores como Altair T`Ogun, José Beniste, Márcio de Jagun, V. Betancourt reforçam esta escrita através de materiais e textos sobre tradição e dinâmica religiosa. Discussão: Por isso, em um segundo momento das reflexões, este texto mostra o quanto a perda e a debilidade física são produtoras de cultura. Ao contrário do que se pensa, a internet conserva e fortalece as tradições e a identidade religiosa; aumenta a possibilidade de aprendizagem e acesso a saberes antes escondidos. Os relatos no Youtube sobre vivência e trajetória dos indivíduos revelam que a cultura também provém da dor e da doença - consequentemente, apresentam outra abordagem sobre tradição, ancestralidade e oralidade. Enfim, este artigo focaliza a interação entre tecnologias da informação e religião, entre condicionamento corporal e cultura.