Apoio Matricial e Saúde Mental: relato das potencialidades e desafios no fazer do NASF por uma psicóloga em uma Residência Multiprofissional em Saúde da Família

Autores/as

  • Nara Fróis De Oliveira Nogueira Universidade Federal do Recôncavo da Bahia Fundação Estatal de Saúde da Família
  • Cecília de Santana Mota Residência Multiprofissional em Saúde da Família, Fundação Estatal de Saúde da Família. Salvador, Bahia, Brasil. csmota27@yahoo.com.br (ORCID 0000-0003-1174-9765).
  • Dhara Santana Teixeira Residência Multiprofissional em Saúde da Família, Fundação Estatal de Saúde da Família. Salvador, Bahia, Brasil. dharateixeira@gmail.com (ORCID 0000-0002-9963-5617).

DOI:

https://doi.org/10.17267/2317-3394rpds.v10i3.3750

Palabras clave:

Estratégia de Saúde da Família. Saúde Mental. Atenção Básica. Política de saúde.

Resumen

INTRODUÇÃO: Uma das principais ferramentas do NASF-AB é o Apoio Matricial (AM), sendo uma estratégia de organização do trabalho, buscando a integração de equipes de referência e equipe especializada. Por ser uma estratégia essencial para o desenvolvimento de um cuidado integral é que temáticas como a Saúde Mental têm sido incluídas nas ações desenvolvidas na AB. Nesse sentido, o apoio matricial em saúde mental deve propiciar que os profissionais de referência possam qualificar a produção de cuidado em SM. OBJETIVO: Refletir sobre as potencialidades e desafios vivenciados na prática de apoio matricial em saúde mental na AB a partir da experiência de uma psicóloga do NASF em uma Residência Multiprofissional em Saúde. METODOLOGIA: A prática descrita neste artigo refere-se a um estudo qualitativo, do tipo relato de experiência, onde buscou-se refletir sobre as atividades desenvolvidas ao longo do período de dois anos em uma Residência Multiprofissional em Saúde. Foram utilizados como fonte de dados escritos em portfólios e diários de campo da autora. RESULTADOS: Foram desenvolvidas ações que propiciaram a aproximação entre a equipe com as discussões relacionadas a Luta Antimanicomial, consultas compartilhadas e construção de PTS. Ao longo do processo de trabalho foi interessante perceber a apropriação dos profissionais na equipe de referência na condução das ações em saúde mental, demonstrando o papel essencial do AM para efetivar a clínica ampliada. CONCLUSÃO: O percurso traçado neste relato permite refletir sobre a importância de se estender e consolidar o cuidado em saúde mental na AB, promovendo mudanças importantes na lógica de atenção.

Descargas

Los datos de descarga aún no están disponibles.

Biografía del autor/a

  • Nara Fróis De Oliveira Nogueira, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia Fundação Estatal de Saúde da Família
    ORCID 0000-0002-7742-1108

Referencias

Amaral, C. E. M., Torrenté, M. D. O. N. D., Torrenté, M. D., & Moreira, C. P. (2018) Apoio matricial em Saúde Mental na atenção básica: efeitos na compreensão e manejo por parte de agentes comunitários de saúde [Apoyo matricial en Salud Mental en atención primaria: efectos sobre la comprensión y el manejo por parte del personal sanitario comunitário]. Interface - Comunicação, Saúde, Educação, 22(66), 801-812. https://doi.org/10.1590/1807-57622017.0473

Arrais, A. R, Araújo, T. C. C. F., & Schiavo, R. A. (2018). Fatores de Risco e Proteção Associados à Depressão Pós-Parto no Pré-Natal Psicológico [Factores de riesgo y protección asociados a la depresión posparto en la atención prenatal psicológica]. Psicologia: Ciência e Profissão, 38(4), 711-729. https://doi.org/10.1590/1982-3703003342016

Campos, G. W. S., & Domitti, A. C. (2007). Apoio matricial e equipe de referência: uma metodologia para gestão do trabalho interdisciplinar em saúde [Matriz de apoyo y equipo de referencia: una metodología para gestionar el trabajo interdisciplinar en salud]. Cadernos de saúde pública, 23(2), 399-407. https://doi.org/10.1590/S0102-311X2007000200016

Campos G. W. S., Figueiredo M.D., Pereira Júnior N., & Castro C. P. (2014). A aplicação da metodologia Paideia no apoio institucional, no apoio matricial e na clínica ampliada [La aplicación de la metodología Paideia en el apoyo institucional, el apoyo matricial y la clínica ampliada]. Interface - Comunicação, Saúde, Educação, 18(Supl 1), 983-95. https://doi.org/10.1590/1807-57622013.0324

Cela, M., & Oliveira, I. F. (2015). O psicólogo no Núcleo de Apoio à saúde da Família: articulação de saberes e ações [El psicólogo en el Centro de Apoyo a la Salud Familiar: articulación de conocimientos y acciones]. Estudos de Psicologia (Natal), 20(1). https://doi.org/10.5935/1678-4669.20150005

Cezar, P. K., Rodrigues, P. M., & Arpini, D. M. (2015). A Psicologia na Estratégia de Saúde da Família: Vivências da Residência Multiprofissional [La psicología en la estrategia de salud familiar: experiencias de residencia multiprofesional]. Psicologia: ciência e profissão, 35(1), 211-224. http://dx.doi.org/10.1590/1982-3703000012014

Cunha, T. C. (2016). De que(m) temos medo? A produção social do medo como discurso de ordem [¿A qué(quién) tenemos miedo? La producción social del miedo como discurso del orden]. Revista Mythos. https://www.academia.edu/download/53397342/De_quem_temos_medo_-_Thiago_Colmenero_Cunha_-_revista_Mythos__maio2017.pdf

Dimenstein, M., Severo, A. K., Brito, M., Pimenta, A. L., Medeiros, V., & Bezerra, E. (2009). O apoio matricial em Unidades de Saúde da Família: experimentando inovações em saúde mental [Apoyo matricial en las Unidades de Salud Familiar: experimentando innovaciones en salud mental]. Saúde e sociedade, 18(1), 63-74. https://doi.org/10.1590/S0104-12902009000100007

Dimenstein, M., & Macedo, J. P. (2012). Formação em Psicologia: requisitos para atuação na atenção primária e psicossocial [Formación en Psicología: requisitos para trabajar en atención primaria y psicossocial]. Psicologia: Ciência e Profissão, 32(SPE), 232-245. https://doi.org/10.1590/S1414-98932012000500017

Figueiredo, M. D., & Campos, R. O. (2009). Saúde Mental na atenção básica à saúde de Campinas, SP: uma rede ou um emaranhado? [La salud mental en la atención básica de salud en Campinas, SP: ¿una red o una maraña?]. Ciência & Saúde Coletiva, 14(1), 129-138. https://doi.org/10.1590/S1413-81232009000100018

França, M. A. S. A., Spirandelli, A. C. M. A., & Verde, M. C. C. L. V. (2020). Uso de ferramentas de gestão na micropolítica do trabalho em saúde: um relato de experiência [Utilización de herramientas de gestión en la micropolítica del trabajo sanitario: informe de una experiência]. Saúde em Debate, 43(6), 138-146. https://doi.org/10.1590/0103-11042019S613

Hirdes, A. (2015). A perspectiva dos profissionais da Atenção Primária à Saúde sobre o apoio matricial em saúde mental [La perspectiva de los profesionales de Atención Primaria sobre el apoyo matricial en salud mental]. Ciência & Saúde Coletiva, 20(2), 371-382. https://doi.org/10.1590/1413-81232015202.11122014

Hirdes, A., & Scarparo, H. B. K. (2015). O labirinto e o minotauro: saúde mental na Atenção Primária à Saúde [El laberinto y el minotauro: la salud mental en la Atención Primaria]. Ciência & Saúde Coletiva, 20(2), 383-393. https://doi.org/10.1590/1413-81232015202.12642013

Hori, A. A., & Nascimento, A. F. (2014). O Projeto Terapêutico Singular e as práticas de saúde mental nos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) em Guarulhos (SP), Brasil [El Proyecto Terapéutico Singular y las prácticas de salud mental en los Centros de Apoyo a la Salud Familiar (NASF) de Guarulhos (SP), Brasil]. Ciência & Saúde Coletiva, 19(8), 3561-3571. https://doi.org/10.1590/1413-81232014198.11412013

Iglesias, A., & Avellar, L. Z. (2016). As contribuições dos psicólogos para o matriciamento em saúde mental [Las contribuciones de los psicólogos al matriciamento de la salud mental]. Psicologia: Ciência e Profissão, 36(2), 364-379. https://doi.org/10.1590/1982-3703001372014

Iglesias, A., & Avellar, L. Z. (2019). Matriciamento em Saúde Mental: práticas e concepções trazidas por equipes de referência, matriciadores e gestores [Matriciamento em Saúde Mental: prácticas y concepciones aportadas por equipos de referencia, matriciadores y gestores]. Ciência & Saúde Coletiva, 24(4), 1247-1254. https://doi.org/10.1590/1413-81232018244.05362017

Gerhardt, T. E., & Silveira, D. T. (2009). Métodos de pesquisa [Métodos de investigación]. Plageder.

Jorge, M. S. B., Diniz, A. M., Lima, L. L., & Penha, J. C. (2015). Apoio matricial, projeto terapêutico singular e produção do cuidado em saúde mental [Apoyo matricial, proyecto terapéutico singular y producción de cuidados en salud mental]. Texto & Contexto-Enfermagem, 24(1), 112-120. https://doi.org/10.1590/0104-07072015002430013

Lei nº 11.129, de 30 de junho de 2005. (2005). Institui o Programa Nacional de Inclusão de Jovens – ProJovem; cria o Conselho Nacional da Juventude – CNJ e a Secretaria Nacional de Juventude; altera as Leis nº s 10.683, de 28 de maio de 2003, e 10.429, de 24 de abril de 2002; e dá outras providências [Establece el Programa Nacional de Inclusión Juvenil - ProJovem; crea el Consejo Nacional de la Juventud - CNJ y la Secretaría Nacional de la Juventud; modifica las Leyes nº 10.683, de 28 de mayo de 2003, y nº 10.429, de 24 de abril de 2002; y dicta otras disposiciones]. Diário Oficial da União. Ministério da Saúde. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/lei/l11129.htm

Ministério da Saúde. (2003). Saúde mental e atenção básica: o vínculo e o diálogo necessários [Salud mental y atención primaria: el vínculo y el diálogo necesarios]. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de ações programáticas estratégicas/departamento de atenção básica. Coordenação de Saúde Mental/Coordenação de Gestão de Atenção Básica. http://portal. saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/diretrizes.pdf

Ministério da Saúde. (2004). HumanizaSUS: equipe de referência e apoio matricial [HumanizaSUS: equipo de referencia y apoyo matricial]. Secretaria Executiva, Núcleo Técnico da Politica Nacional de Humanização. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/equipe_referencia.pdf

Ministério da Saúde. (2005). Reforma psiquiátrica e política de saúde mental no Brasil [Reforma psiquiátrica y política de salud mental en Brasil]. Secretaria de Atenção à Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. DAPE. Coordenação Geral de Saúde Mental. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/Relatorio15_anos_Caracas.pdf

Ministério da Saúde. (2009). Clínica ampliada e compartilhada [Clínica ampliada y compartida]. Secretaria de Atenção à Saúde. Política Nacional de Humanização da Atenção e Gestão do SUS. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/clinica_ampliada_compartilhada.pdf

Ministério da Saúde. (2010). Diretrizes do NASF: Núcleo de Apoio a Saúde da Família [Directrices de la NASF: Centro de apoyo a la salud familiar] (Série A. Normas e Manuais Técnicos, Caderno de Atenção Básica, n. 27). Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_do_nasf_nucleo.pdf

Ministério da Saúde. (2014). Núcleo de Apoio à Saúde da Família – Volume 1: Ferramentas para a gestão e para o trabalho [Núcleo de Apoyo a la Salud de la Familia - Volumen 1: Herramientas para la gestión y el trabajo] (Cadernos de Atenção Básica, n. 39). Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/nucleo_apoio_saude_familia_cab39.pdf

Nascimento, M. L., Manzini, J. M., & Bocco, F. (2006). Reinventando as práticas psi [Reinventar las prácticas psi]. Psicologia & Sociedade, 18(1), 15-20. https://doi.org/10.1590/S0102-71822006000100003

Passos, E., & Barros, R. B. (2000). A construção do plano da clínica e o conceito de transdisciplinaridade [La construcción del plan clínico y el concepto de transdisciplinariedad]. Psicologia: teoria e pesquisa, 16(1), 71-79. https://doi.org/10.1590/S0102-37722000000100010

Pedrosa, S. P. O. F., & Pereira, E. R. (2020). Coordenando grupos em sala de espera: analisando o processo [Coordinación de los grupos de la sala de espera: análisis del processo]. Revista da SPAGESP, 21(2), 66-82. http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-29702020000200006&lng=pt&tlng=pt

Resolução nº 287, de 08 de outubro de 1998. (1998). Relaciona categorias profissionais de saúde de nível superior para fins de atuação do CNS [Enumera las categorías de profesionales sanitarios de nivel superior a efectos de la actuación del CNS]. Diário Oficial da União. Ministério da Saúde. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/cns/1998/res0287_08_10_1998.html

Rossi, V. R. (2015). Medida de Segurança: a violação do direito à saúde a partir do conceito de periculosidade [Medida de seguridad: la vulneración del derecho a la salud desde el concepto de peligrosidad]. Cadernos Ibero-americanos de Direito Sanitário, 4(3), 75-93. https://doi.org/10.17566/ciads.v4i3.171

Silva, L. J. C. D. A., Araújo, A. C. V. D., Vasconcelos, N. L. D., Paiva, C. B. N., & Pires, C. A. (2019). A Contribuição do apoiador matricial na superação do modelo psiquiátrico tradicional [La contribución del partidario de la matriz en la superación del modelo psiquiátrico tradicional]. Psicologia em Estudo, 24, e44107. https://doi.org/10.4025/psicolestud.v24i0.44107

Tófoli, L. F., & Fortes, S. (2007). Apoio matricial de saúde mental na atenção primária no município de Sobral, CE: o relato de uma experiência [Apoyo a la matriz de salud mental en la atención primaria en el municipio de Sobral, CE: el informe de una experiência]. SANARE-Revista de Políticas Públicas, 6(2), 34-42. https://sanare.emnuvens.com.br/sanare/article/view/151/143

Publicado

2021-09-10

Número

Sección

Informes de experiencia

Cómo citar

Nogueira, N. F. D. O., Mota, C. de S., & Teixeira, D. S. (2021). Apoio Matricial e Saúde Mental: relato das potencialidades e desafios no fazer do NASF por uma psicóloga em uma Residência Multiprofissional em Saúde da Família. Revista Psicologia, Diversidade E Saúde, 10(3), 455-468. https://doi.org/10.17267/2317-3394rpds.v10i3.3750