Psicologia na atenção básica: cuidado aos idosos com doenças crônicas não transmissíveis
DOI:
https://doi.org/10.17267/2317-3394rpds.2023.e5244Palavras-chave:
Psicologia, Saúde Pública, Psicologia Social, Doenças Crônicas, IdososResumo
OBJETIVO: Este trabalho tem por objetivo compreender como os Determinantes Sociais da Saúde estão presentes nas práticas de cuidado à população idosa com hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus ofertadas pelas psicólogas da Atenção Básica. MÉTODO: Foi realizada uma pesquisa descritiva e de abordagem qualitativa, a partir de entrevistas semiestruturadas, com 7 psicólogas atuantes em Unidade Básica de Saúde (UBS) e/ou Unidade de Saúde da Família (USF) de Salvador (BA), que atendem o público idoso, tendo ocorrido em plataforma digital. A análise de dados ocorreu através do método hermenêutico-dialético e teve a Psicologia Social Crítica como base teórica. RESULTADOS: Verificou-se que a atuação das psicólogas na Atenção Básica à população idosa com Hipertensão Arterial Sistêmica e Diabetes Mellitus, em sua maioria, é orientada por práticas de promoção da saúde, prevenção à doença e políticas públicas em saúde. Identificou-se, de modo geral, a compreensão dos Determinantes Sociais da Saúde como produtores de iniquidades em saúde nos relatos das psicólogas, tendo sido mapeado somente 2 psicólogas que demonstraram não compreender a categoria ‘raça’ como um Determinante Social indissociável dos demais. CONCLUSÃO: Observou-se que o campo de atuação da psicologia no contexto da Atenção Básica, guiada pela Psicologia Social Crítica e pela Saúde Coletiva, promovem contribuições teóricas para todos os campos da psicologia.
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