Finitude no início da vida: atuação da Psicologia na UTI Neonatal
DOI:
https://doi.org/10.17267/2317-3394rpds.2023.e5261Palavras-chave:
Cuidados paliativos, Neonatologia, Luto, Unidades de Terapia Intensiva NeonatalResumo
INTRODUÇÃO: Os cuidados paliativos neonatais estão presentes nas Unidades de Terapia Intensivas Neonatais (UTINs) como uma estratégia para garantir a qualidade de vida de bebês recém-nascidos, com uma doença que ameace a vida, e o cuidado dos familiares que os acompanham durante o internamento. OBJETIVO: Esta pesquisa tem como objetivo compreender a atuação das profissionais da Psicologia no âmbito dos cuidados paliativos neonatais. METODOLOGIA: A pesquisa utilizou o método clínico-qualitativo e foi realizada a partir de entrevistas semiestruturadas com seis psicólogas atuantes em UTIs neonatais paranaenses. RESULTADOS: Para as participantes, a Psicologia, como área constituinte da equipe multiprofissional, atua na mediação entre equipe e família, no acolhimento dos familiares e na ressignificação do processo de morte. Além das dificuldades no processo de trabalho nesse espaço. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Evidenciou-se que, para as participantes, os cuidados paliativos são essenciais durante todo o processo de internamento dos bebês nas UTIs neonatais. Dessa forma, consideraram que o cenário foi permeado de muito afeto, carinho e cuidado, mesmo sendo atravessado por diversos desafios.
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