O CONSUMO DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS E O AUTOCUIDADO ENTRE PESSOAS EM SITUAÇÃO DE RUA NA CIDADE DE JUAZEIRO-BA
DOI:
https://doi.org/10.17267/2317-3394rpds.v2i1.212Palabras clave:
Autocuidado, Psicologia, Usuário de substâncias psicoativas, População em situação de ruaResumen
A parcela da população que está em situação de rua e faz uso de substâncias psicoativas encontra-se em condição de vida vulnerável e precária, à margem do sistema e desassistidos pelos serviços e políticas públicas de saúde. Nesta pesquisa, buscou-se compreender como o cuidado e os riscos à saúde perpassam estes cenários. Explorar práticas de autocuidado em saúde nestes contextos, além de relevante, revela-se como um grande desafio posto, atualmente, aos profissionais da área de saúde. Esta pesquisa é de cunho qualitativo e foi realizada em duas regiões do centro da cidade de Juazeiro–Bahia e teve como suporte teórico para análise dos resultados os conceitos de cuidado e autocuidado e a antropologia interpretativa de Clifford Geertz. Este estudo identificou padrões de “uso compulsivo” das substâncias psicoativas crack e álcool. Percebeu-se que os contextos e formas de utilização de SPA estão oferecendo riscos diretos e indiretos à saúde da população pesquisada. Forjaram-se nestes contextos esboços de estratégias de autocuidado com a saúde a partir das experiências dos sujeitos. Evidenciou-se a necessidade de maior aproximação desses contextos e criação de políticas de atenção à saúde voltadas para este público.